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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Escrava Sexual CAPÍTULO 09 Parte 1,2 e 3





CAPÍTULO 09 Parte 1,2 e 3 - PLANOS







Arthur POV

Esperei na sala até que Micael e Bernardo entraram.

-Espero que seja realmente urgente Arthur.

-Oi pra você também, Micael.

-Cara... Que você é louco nos já sabemos. Mas nem pense em nos arrastar nessa loucura também.

-Deixe Micael pra lá, Arthur. O que foi que aconteceu?

-Nem vão acreditar no que aconteceu. Pensei que estivesse mesmo louco. Estávamos sentados no sofá da sala. Micael espojado como sempre.

-Alguma coisa com a Lua?

-Não... Mais ou menos... Não... É comigo mesmo.

-Deus... Decida-se Arthur.

-Bom... Eu descobri...

Vi Bernardo desviar seus olhos e Micael se remexer no sofá. Lua deveria ter descido. Virei-me e ela estava parada, completamente ruborizada. Vestia uma calça jeans e camiseta, mesmo assim estava tentadoramente gostosa.

-Desculpem... Não quis interromper.

-Tudo bem... Vem aqui, bebê.

Pelo canto de olho, percebi Micael olhar espantado para Bernardo e repetir minhas palavras, sem emitir som, apenas mexendo a boca, incrédulo: Bebê? Eu não poderia ter cometido esse deslize na frente dele. Lua se aproximou e nos levantamos.

-Lua... Esses são meus irmãos Bernardo e Micael.

-Como vai Lua?

-Bem, obrigada.

Ela e Bernardo estenderam as mãos. Micael sempre mais afoito deu um abraço nela.

-Prazer em conhecê-la, Lua. Arthur tem se comportado com você? A hora de falar é agora. Podemos quebrar a cara dele.

-Não... Ele tem sido...

Baixou os olhos envergonhada.

-Tem sido bastante atencioso.

- Ah... Que bom.

-Arthur... Querem que eu sirva o café pra vocês?

Micael se adiantou.

-Seria uma boa. Tivemos que sair muito cedo.

-Tudo bem então.

Segurei Lua pelo braço antes que ela fosse para a cozinha.

-Estaremos na sala de jantar.

-Ta.

Antes que Lua trouxesse o café tive que enfrentar o sorriso cínico de Micael.

- O bebê sabe cozinhar?

- Micael... Agora não.

Ele gargalhou. Ainda bem que eu podia contar com o Bernardo. Lua voltou trazendo o café.

-Nós mesmos nos servimos, Lua.

-Arthur... Eu queria andar um pouco por ai.

-É livre para ir aonde quiser.

-Sim.

-Vem cá...

Levantei-me.

-Eu já volto, rapazes.

Levei-a até a biblioteca. Assim que fechei a porta puxei-a para os meus braços.

-Está desconfortável com eles aqui?

-Não. Só não quero atrapalhar.

-Tudo bem. Se quer sair... Só não demore muito.

-Por quê? Vai precisar de mim?

-Não gosto de saber que está longe.

Logo depois nossas bocas se uniram. Lua suspirou e se apertou contra mim. Alisei seus cabelos e me separei dela.

- Arthur... Acha que posso ligar para Carla?

-Acho que não há problemas, bebê.

Ela sorriu.

-Obrigada. Eu volto para preparar o almoço.

-Sim, mas não se preocupe com isso.

Dei mais um beijo nela e voltei para a sala de jantar.

- Limpe o batom.

Instintivamente levei a mão à boca. Micael riu. Que idiota eu era. Lua não estava usando batom. Micael jogou verde.

-Então vamos logo, Arthur. O que houve?

- Não vão acreditar...

Olhei de um para o outro.

-Minha irmã... Carla...

Bernardo me interrompeu.

-Sim, aquela que morreu.

-Ela não morreu, Bernardo. Está viva.

Os dois se entreolharam depois me encararam com olhar de pena.

-Arthur... Sabe que não sou a favor do uso de drogas. O que andou cheirando?

-Deixa de ser besta, Micael. Sabe que não curto isso.

-Isso é no mínimo absurdo, Arthur. Ela estava com seus pais, você mesmo disse.

-Eu sei Bernardo. Mas escutem. Eu conversava com Lua sobre Billy. Ela me disse que ele tinha duas sobrinhas adotivas, quase da mesma idade dela.

-Lua tem dezessete, Arthur. A sua irmã deveria ter 20.

-Quer parar de me interromper? Lua já fez 18.
-Então ela disse os nomes delas: Sophia e Carla.

-E você logo deduziu que fosse sua irmã?

-Micael, se não parar de me interromper vou colocá-lo porta afora.

-Ok. Calei-me.

-A princípio pensei que fosse loucura da minha cabeça. Então pedi que Lua marcasse um encontro entre nós dois.

-Caramba... Não acredito que fez isso, Arthur.

-Era preciso Bernardo.

-E...?

-Era ela. Estive cara a cara com ela. É a minha irmã.


-Merda... Ela reconheceu você?

-A princípio não. Mas depois...

-Gente... Isso é muito louco.

-Também pensei assim Micael.

-Mas como ela conseguiu escapar?

-Os homens do Billy a tiraram de lá antes de atearem fogo à casa.

-E agora planeja tirá-la de la?

-Sim, Bernardo. Por isso chamei vocês.

-Arthur... Lua sabe disso?

-Sabe, claro. E me apoia.

Os dois me encararam desconfiados.

-Mano... O que está rolando entre vocês dois?

-Exatamente o que eu falei que faria, Bernardo.

Ele se levantou e andou um pouco pela sala. Não fazia a mínima idéia do que se passava na cabeça dele. Mas foi Micael quem falou.

- Está querendo enganar a quem, Arthur? Está na cara que está apaixonado por Lua.

- E isso importa?

Bernardo parou e olhou pra Micael. Os dois gargalharam.

-Eu te falei que isso não daria certo.

-Ta, tudo bem. Mas vamos focar em outra coisa? Nós precisamos tirar a Carla e a Sophia de lá.
-Duas? Não era só a Carla?

-Vocês não sabem do pior, Micael.

Meu sangue fervia só de me lembrar das palavras de Carla, do seu choro ao me contar o que aquele monstro fazia com elas.

-Micael... Billy não trata as garotas como sobrinhas de verdade.

-Como assim? Ele as maltrata?

-Depende do sentido...

Respirei fundo antes de encarar os dois.

-Ele as usa como amantes. Leva-as pra cama.

- O QUÊ?

Bernardo não conteve um grito.

-Não pode ser. Quer dizer... Transa com elas?

-Isso ai, Micael.

-Porra, que merda... O cara é mais sujo que pensávamos, Arthur.

-Por isso eu preciso tirar as duas de lá. Não posso deixar a outra passar por isso tudo. Ficará pior sem Carla.

-Com certeza. Mas... Vai ser um baque. Arthur... Lua vai sofrer.

Enfiei minha cabeça entre minhas mãos.

-Eu sei, Bernardo. Mas ela concorda comigo. Ela se da bem com as garotas.

-Ela confia tanto em você assim?

-Eu creio que sim.

Os dois se entreolharam novamente. Bernardo se sentou ao meu lado.

-Arthur... E o que fará... Quando ela engravidar? Vai realmente devolvê-la?

Essa pergunta rondou minha cabeça durante dias. Antes de me descobrir apaixonado, é claro. Eu já deveria ter tomado precauções para que Lua não engravide. Mas eu simplesmente me esqueço de tudo quando estou perto dela.

-Não, Bernardo. Eu não poderia fazer isso.

-Cacete, Arthur... Por que não parou enquanto era tempo? Se apaixonar por ela pode ser o seu fim.

-Não vai ser assim. Eu garanto.

-Bom... E o que teremos que fazer? Apenas colocá-las no jatinho e trazer pra cá?

-Exatamente. Apesar de tudo, pelo que entendi, elas conseguem sair de casa numa boa, sem interferência dele. Ele jamais irá desconfiar.

-Então ele não é tão carrasco...

-Não é, Micael? Um velho asqueroso que toma duas garotas como mulher, que mata meus pais...

-Retiro o que disse.

Uma batida leve na porta nos interrompeu. Fiquei tão entretido na conversa que não tinha percebido a hora passar.

-Entre, Lua.

Ela entrou, mas ficou parada a porta, indecisa.

-Desculpe. O almoço está pronto.

-Lua... Venha cá. Sente-se aqui.

Ela sentou-se ao meu lado. Percebi que estava morta de vergonha. Peguei em suas mãos e esperei que me olhasse.

-Já conversei com meus irmãos. Eles irão me ajudar a trazer Carla e Sophia pra cá.

-Sim.

-Acha que Sophia aceitará vir?

-Carla saberá conversar com ela, Arthur.

- Ótimo. Então vamos almoçar?

-Eu não irei. Não... Sinto-me muito bem.

Bernardo e Micael assistiam a cena, calados. Toquei seu rosto. Não parecia haver sinal de febre. Mas ela estava realmente com um aspecto cansado.

- O que está sentindo?

-Não sei... Estou meio tonta... Talvez tenha andado muito ao sol.

-Pode ser.

-Vão indo para a sala de jantar.

Levantei-me e segurei Lua pela cintura.

-Venha, bebê. Vou levá-la ate seu quarto.

Eu percebi Bernardo e Micael sufocarem uma risada. Mas nessa hora não me importei. Estava realmente preocupado com Lua. Deite-a na cama e afastei algumas mechas de cabelo que caíam em seu rosto.

-Acho que pedirei para meu pai vir dar uma olhada em você.

-Seu pai?

-Sim, ele é médico.

-Ah, sim... Acho que me falou. Mas já estou melhor, Arthur.

-Descanse um pouco. Daqui a pouco eu volto pra te ver. Mas terá que comer alguma coisa.

-Tudo bem.

Já estava quase na porta quando ela me chamou.

-Arthur... Eu...

Esperei.

-Obrigada por tudo.

Apenas sorri e desci. Micael e Bernardo me olhavam, curiosos.

-E então?

-Deitou-se um pouco.

- O que pode ser?

-Talvez seja o que ela disse. Lua tem a pele muito clara.

-Como um bebê...

-Nem comece, Micael.

Os dois riram alto. Mas depois Bernardo ficou sério.

-Não acha que ela pode estar grávida, Arthur? É um dos sintomas.

Parei em choque. Não tinha passado pela minha cabeça. E se fosse verdade? Realmente Marcos teria que vir aqui.

-Já vi que não pensou nessa hipótese.

-Não mesmo.

-Ela parece ser uma boa garota, Arthur.

Encarei os dois. Estavam me ajudando, não seria justo esconder nada deles. Também... Acho que já estava muito óbvio. Suspirei, derrotado.

-Eu não teria me apaixonado por ela se não fosse uma boa garota, Bernardo.

Dessa vez nenhum dos dois riu. Realmente... Para alguém que tinha sede de vingança... Se apaixonar por sua prisioneira... Não tinha a menor graça.
CAPÍTULO 09 Parte 3  - PLANOS
Lua POV

Estava deitada em minha cama de olhos fechados. A tonteira já havia passado. Realmente eu não deveria ter andado tanto ao sol. Mas Arthur como sempre muito carinhoso me trouxera ate a cama. Eu só pensava em como iria sofrer quando estivesse longe dele. Arthur ainda estava com os irmãos. Eram muito bonitos, mas não tanto quanto ele. Um deles, Micael, me encarava tão profundamente que eu sentia que pudesse ler minha alma. O melhor de tudo é que estavam nessa junto com Arthur. Eu amava Soph e Carla não queria vê-las na casa do meu avô. Não depois de saber de toda sua canalhice com elas.

-Lua?

Arthur estava à porta.

-Sim?

Ele se aproximou.

-Está melhor?

-Sim, já ia me levantar.

-Não é preciso. Só queria saber se tem alguma foto de Sophia e Carla.

-Acho que tenho em minha carteira. Vou procurar e levo pra você.

-Acha mesmo que está melhor?

-Sim. Ele me deu um beijo na testa e desceu. Encontrei uma foto de nós três juntas, numa festa de natal. Estávamos lindas e fiz questão de deixá-la sempre em minha carteira. Desci e entreguei-a a Arthur. Os três estavam na sala. Arthur me puxou para sentar ao seu lado. Olhou a foto um tempo e depois entregou ao Bernardo.

- A de cabelos claros é a Carla.

Micael e Bernardo olharam a foto. Micael sorriu.

-Então a loiraça é Sophia?

-Sim.

Eu respondi. Ainda olharam a foto mais um tempo. Micael ainda sorria quando se dirigiu a Arthur.

- E você vai ficar com essa loiraça aqui na ilha? Meu pai...

Eu entendi na hora. Soph era lindíssima. Arthur não iria resistir. Pra dizer a verdade, quando Arthur falou sobre trazê-las pra cá, eu já me vi perdendo Arthur.

-Micael, deixa de ser canalha, pelo amor de Deus. Tenha respeito pela Lua.

O Bernardo me defendeu.

-Sim, desculpe-me, Lua.

-Mas tem razão... Soph é lindíssima.

Eu ainda encontrei forças para dizer. Arthur permaneceu calado. Pelo que entendi dali há dois dias as duas estariam na ilha. Arthur se comunicou com Carla. Soph aceitou vir com eles. Acho que seria tudo muito simples, uma vez que meu avô jamais impediu que elas saíssem de casa. Bem mais tarde Micael e Bernardo se despediram.

-Pensei que ficariam aqui.

-Não, Lua. Acho melhor começarmos a providenciar as coisas agora mesmo.

-Sim, entendo.

Assim que os dois partiram Arthur me tomou nos braços.

-Acho que deveria comer alguma coisa, Lua.

-Não estou com fome.

-Então o que podemos fazer agora?

Meus olhos brilharam, mas sem coragem de dizer o que eu pensava. Mas Arthur pensava o mesmo que eu. Seus olhos estavam muito escuros. Rapidamente ele me pegou no colo e me deu um beijo de leve.

- Vem, bebê. Deixa eu te amar...

Um arrepio me percorreu e fechei meus olhos, encostando a cabeça em seu peito. Arthur me deitou na cama e me olhou com paixão. Eu estava colada nele e seus lábios forçavam os meus, com paixão. Eu me senti sem forças para reagir àquele corpo quente que me segurava com tanta firmeza. Havia uma enorme sensualidade naquele beijo e a mão de Arthur passou por baixo da minha camiseta, procurando e encontrando a maciez dos meus seios.

—Arthur...

—Eu não imaginei que chegaria a esse ponto, bebê.

Ta... Eu não entendi, mas também não me importava. Com os lábios ele acariciou os meus seios, umedecendo-os, e um arrepio sensual percorreu o meu corpo, deixando-o mole. Minha cabeça parecia rodar e tudo o que podia sentir eram os lábios de Arthur pressionando meus mamilos rijos... Era um sentimento tão selvagem, e ao mesmo tempo tão doce... O carinho daquelas mãos, daqueles beijos, e o vigor daquele ato de paixão levaram a mim e a Arthur ao mais completo êxtase... Bem mais tarde, deitada em seus braços eu ousei perguntar o que me massacrava por dentro. Arthur me mantinha firmemente presa ao seu corpo.

-Arthur?

-Hum?

Ele respondeu, mas não abriu os olhos.

-Qual... Qual é o seu tipo preferido de mulher?

Ele abriu os olhos e me encarou.

-De onde veio isso?

-Curiosidade, apenas. Quer dizer... Naquele filme... A sua garota era loira.

-Sim. E daí?

-Só pensei... Sei lá queria saber. Soph é linda... E loira também.

Ele se virou na cama, ficando sobre mim, me prensando na cama. Eu estava com o rosto em brasa. Seus olhos me analisavam astutamente.

-Está com ciúmes de Sophia?

-Não... Eu só pensei... Talvez desse certo, você e ela...

Ele colocou os dedos em meus lábios me silenciando.

- Eu irei responder a sua pergunta.

Me olhou com tanto carinho e ao mesmo tempo tanta paixão que eu perdi o rumo.

- Você, bebê, é meu tipo preferido de mulher.

Eu esqueci como se respirava. Seus dedos deslizaram suavemente em meu rosto, sem desviar os olhos dos meus.

- Eu conheço inúmeras maneiras de mostrar como você é meu tipo preferido. Mas no momento eu só consigo pensar em uma: Dizer que estou apaixonado por você.

Agora morri mesmo, nem deu tempo para que eu respondesse e me levou ao paraíso novamente.


Creditos: Elly Martins

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