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quarta-feira, 22 de maio de 2013

15º Capítulo de 2º Temporada de Love comes when you least expect





Eu fui morar com Arthur, afinal, nós nos amávamos muito, éramos jovens, mas diziam que o amor superava tudo. Quando o programa foi gravado, eu já meio que morava lá, e eles transmitiram muito certo a nossa realidade: uma  casa cheia de adolescente. É era assim nossa realidade, pelo menos a parte boa dela.
  Olhei para os lados, eu estava decidida, e nem sei porque eu ainda tentei falar, talvez por esperança, um pouco pelo menos. Minha mente voltou a vagar, desde o final das aulas, Bê fazia um supletivo em casa nas terças, era impossível ir para a escola com aquele bando de fãs, mas os shows aumentaram, o faturamento, as garotas, Pérola agora era maquiadora dos meninos e ia com eles aonde eles fossem, Arthur nega, mas eu sei que eles já passaram uma noite juntos, mas tudo isso eu superei para ficar ao seu lado, mas aí é que está. Ele estava no meu lado? Não, em nenhum momento. Ouvi alguém me chamar e virei esperançosa, Felipe carregava minha mala.
   - Tem certeza Lu? – ele quase chorava.
   Os meninos nunca paravam em casa, Sophia estava cada dia mais apaixonada por Chay, que sempre arranjava uma surpresa romântica para eles, e Arthur eu nem sabia onde estava, ou com quem. Mas isso foi depois, no ínicio era pura paixão, tanto que hoje tenho até fã clube (http://infiniteloveluablanco.tumblr.com)
  - Tenho – respondi e ele concordou com um aceno leve.
   - Ai Lu – Anna vinha correndo na minha direção (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65625751&.locale=pt-br) – Porque você ta fazendo isso?
   - Ai Anna, não da mais, sabe? Cansei. – Anna tem sido minha melhor amiga nesses dias, não tinha coragem de contar para Mel ou Sophia, elas tinham a ideia de vida perfeita, que Arthur fazia questão de passar para a imprensa. Segurei as teimosas lágrimas que queriam escorrer do meu rosto, eu lembro do primeiro dia de gravação do programa, quando os meninos chegaram de um show, em que eu e Sophia fomos, na frente das câmeras, sem se importar ele me beijou e me levou para o quarto, ainda eramos felizes.
   - Lu – Anna fez carinho em meus cabelos, ela era incrível, já me inscreveu para trabalhar com uma amiga dela na Alemanha, comprou as passagens, me deu a maior força, ela foi um anjo. Olhei ao redor, Anna e Felipe estavam nervosos, ai, o Fê, vou sentir saudades dele, apesar de tudo.
  - última chamada para o voo 457 da Gol com destino a Alemanha (15h 45min) – a voz doce e falsa falou nos auto-falantes, Fê me olhou, era a minha hora, olhei para os lados, os corredores vazios de pessoas apressadas, ninguém nem aí para os meus problemas. Ele não viria, eu devia saber, ele nunca mais viria, e ele não veio. Agora sentada nesse poltrona de um avião presa durante 12h, um pequeno filme passou por minha mente.

 Flashback
Era domingo de tarde, Chay havia saído com Sophia, Micael, Bê e Pedro jogavam vídeo-game e Arthur dormia, tentei chama-lo, eu queria sair,não sei. Mas ele apenas murmurou um “não enche” e voltou a dormir. Saí de casa sozinha e fui caminhar, encontrei Fê no caminho e ele apenas acenou, um cigarro pequeno na mão, o cheiro de maconha emanava no ar, quando eu pedi um trago, Felipe negou fielmente, mas seu amigo que não sei o nome me deu, de graça. Era uma sensação maravilhosa, um fuga, delírios, na minha mente eu via faixas coloridas e alegres, mas logo o efeito passou. Voltei para  casa feliz, disposta a me acertar com Arthur, e foi o que eu tentei.
  - Arthur? – ele trocava de roupa no quarto.
  - Onde você tava? Pelo amor de Deus Lu! – ele me abraçou forte – Você se drogou Lua?
  - Não, claro que não – neguei de olhos fechados, não ia mentir na cara dura – eu tava com o Fê, só isso.
  - Com o drogadinho?
   - Arthur!
  - Vai tomar um banho. – ele disse e saiu do quarto.

Flashback.
  Eu tinha acabado de acordar na segunda, toda dolorida, a noite tinha sido boa, e uma linda cesta de café da manhã me esperava, com um pequeno bilhete: Lu, desculpa, mas tive uma reunião. Arthur x.
  Ele não tinha reunião nenhuma, e eu ia tirar isso a limpo hoje.
Arthur ainda estava no banho, eu podia escutar o chuveiro, me vesti (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65626272&.locale=pt-br) e voltei para a cama, fingindo estar dormindo. Ele saiu alguns minutos depois cuidando para não fazer barulho eu o segui até a rua, esperando o carro dele sair, peguei um taxi e o segui, até um prédio que eu conhecia muito bem, o apartamento da Pérola
Flashback, as lagrimas agora corriam soltas por meu rosto.
  - A senhora deseja algo? – Uma menina morena de cabelos pretos e presos perguntou, no crachá lia-se Lili. Neguei com um sorriso falso, coloquei os fones e tentei dormir um pouco.

Pov’s Arthur
(15h 40min)
Eu estava quase ganhando do Bernardo no vídeo-game, quando Mel entrou no nosso apartamento meio ansiosa.
   - Cadê a Lu? – ela perguntou olhando o nada. – Arthur, cadê a Lu?
   - Ta no quarto – respondi o ultimo lugar que eu a vi. Eu e Lua estávamos brigando todos os dias, o tempo todo e sem motivos aparentes, desde que ela veio morar aqui as coisas estão assim.
   - PEDROOOOO – Escuto Mel gritar, mas deixei que eles se resolvam, briga de casal é assim. Minutos depois algo puxa minha camiseta, me tirando do jogo, Pedro bufa atrás de mim.
   - SEU FILHO DA MÃE – ELE GRITA JÁ ME DANDO UM SOCO NO ROSTO, O EMPURRO.
  - QUE FOI CARA?! – PERGUNTO JÁ BRAVO.
  - COMO VOCÊ PODE?! TANTAS VEZES QUE EU TE AVISEI – ELE COMEÇOU A CHORAR, MAS A RAIVA NÃO SAÍA DE SEU ROSTO, LOGO DEPOIS DE PEDRO ME CHUTAR, QUANDO EU IA REVIDAR SOPHIA CHORANDO DESCE AS ESCADAS.
  - Calma Pedro, pelo amor de Deus! Chega de confusão – ela implorava, com um pequeno papel amassado em sua mão, Chay retirou para ler.
   Oi Gatinho, me desculpa se não fui capaz de te dizer isso olhando nos teus olhos, mas eu nunca faria se o fizesse isso, mas vai ser melhor para todos, espero que entenda isso. Não estava feliz aqui, eu precisava de uma vida nova e a mamãe estava precisando se nós, não adianta correr, quando ler isso, já estarei bem longe, eu garanto. Troquei o número do meu celular, mas mando notícias. Eu vou ficar bem, espero que fique também. Com carinho, LuaB.
- O que ta acontecendo? – Bê perguntou.
  - Como ela fez isso sem contar a ninguém? – Pedro falou, mas eu não pensava em nada, a Lua, minha Lua havia me deixado? Uma dor, dor física atingiu meu coração, doía de verdade como nunca doeu. Ela havia ido embora porque eu não há fazia feliz. E agora eu sei disso, todas as vezes que ela chorava no banho, sorria amarelo eram sinais, ela não cantava mais, mal saía, eu a cobrava demais, eu a deixei partir e só agora sei o quanto a amo. Peguei minhas chaves e o celular, sem dizer nada, o voo poderia ter atrasado, não sei, não poderia pensar na opção de perde-la, eu te amo Lua! Porra, porque você fez isso? Sem ao menos me dar uma chance! EU TE AMO LUA. Só pensei nisso no caminho de 30 min que fiz em 15 para chegar ao aeroporto, corri o máximo que pude, mas nada da minha loirinha em meio a multidão. Senti minhas pernas falharem, meu corpo treme, foda-se o resto o mundo, caí de joelhos, lágrimas rolando por meu rosto.
   - Arthur? – uma voz feminina me chama e uma mão suave toca meu ombro.
   - Sou a Anna, você foi no meu programa, sou amiga da Lua – ela dizia calma, me levantando, eu a olhei em desespero, acho que entendendo o que dizia, ela respirou fundo – O avião já partiu – Mas não era tarde, eu poderia comprar uma passagem e ir atrás dela! Era para a Alemanha, não é?
   - Pra onde? – fiz uma pergunta silenciosa e Anna enrijeceu.
   - Ela pediu para que não contasse – mais um suspiro – venha, vamos tomar um café, temos muito que conversar.
Anna me contou tudo que se passava com Lua, eu era mesmo esse monstro? Eu deixei que nossa relação acabasse, eu a perdi para sempre, eu a traí! Dito assim, da boca para fora, nunca havia notado como pude chegar a isso! Eu traí a mulher que eu amo, e a deixei ir para o outro lado do oceano.
  - Eu sei que é muito coisa, ainda mais porque... – Anna parou de falar.
   - Porque?
  - Porque ela foi embora – apressou-se em dizer e abaixou o olhar – eu vou sentir falta dela.
   - Então me diga para onde ela foi, para mim poder traze-la de volta! Por favor Anna – eu implorei, ela vacilou por um segundo.
   - Eu não posso, Arthur.
         Em casa subi até o quarto e sentei-me na cama, o quarda-roupas na minha frente chamou minha atenção, a maioria das roupas da Lua continuavam ali, seus cremes, perfumes, ela levou poucas coisas, abracei uma camiseta minha, que ela havia pegado e não devolveu, o cheiro dela continuava ali, me embriagando, deite-me na cama, no travesseiro dela, quando algo duro machucou meu rosto, levantei o travesseiro e ela estava ali, nossa aliança, sem nenhum bilhete, apenas a prata reluzente. Ela me odiava? O clima estava pesado, como nunca esteve, Pedro nem olhava na minha cara. Mel não vinha mais aqui, Micael estava mal-humorado, nem Sophia e nem Bê me respondiam.
   -Porra, eu também perdi a Lua! – Quando todos me olharam, percebi que esse pensamento havia sido feito em voz de alta.
    - ELA FOI EMBORA POR SUA CAUSA – Pedro, que passava manteiga no pão me encarou, agora todos estavam tensos, esperando uma resposta.
   - ELA SEQUER FALOU COMIGO, ELA SEQUER ME DEU UMA CHANCE! – Me exaltei, falando o que pensava.
   - ERA VISÍVEL QUE VOCÊS MAL SE FALAVAM, AGUIAR! – Foi a vez de Sophia. Então era isso? Toda a culpa do mundo era minha, daqui a pouco ia me acusar de fome da África.
    - ELA PODIA TER VINDO FALAR COMIGO?
    - PARA VOCÊ DIZER QUE ELA ESTAVA FAZENDO DRAMA? QUE ELA ESTAVA COM CIÚMES? – Felipe, acho que era esse o nome dele, o drogadinho, estava na porta aberta por Bê, o qual eu nem tinha visto ir até lá. – AH, FAÇA-ME O FAVOR ARTHUR, VOCÊ NÃO TEM MORAL DE JULGAR A LUA OU DIZER QUE ELA TE ABANDONOU! SENDO QUE VOCÊ FAZIA ISSO TODOS OS DIAS, QUANDO IA DORMIR COM A PÉROLA OU TRATAVA ELA IGUAL UM LIXO, ISSO NÃO ERA AMOR AGUIAR! – Minha boca se abriu formando um “o” eu estava surpreso, eu nunca abandonei a Lu, abandonei? Eu a amava mais que tudo, ela sabia disso, não é?
   - Fê – Sophia sorriu para ele – O que te traz aqui? – Ela foi até ele e o abraçou.
   -Você sabia? – Pedro, ainda rígido perguntou. O olhei atento, ele afirmou com a cabeça, levemente. – E porque deixou ela ir?!
   - É um dos motivos pelo qual eu estou aqui, falar com você Pedro. – ele entrou – E pegar o resto das coisas da Lu.
  - Ninguém vai tirar as coisas da Lua daqui, se ela quisesse, teria feito sozinha – todos me fuzilaram com o olhar, mas me mantive firme, com a alma derretendo de medo por dentro, eu a perdi, para sempre?
  - Não foi uma pergunta, Aguiar – ele arqueou as sobrancelhas – Mas não posso invadir a tua casa, é bom mesmo que a Lua deixe tudo para tras. Tudo que a fez mal, a fez chorar, sofrer. Principalmente você. – ele me encarou firme, eu vacilei por um segundo, eu fiz tudo que prometi a mim mesmo que nunca faria: A Lua sofrer, como não percebi o que estava fazendo? Como tive escrúpulos de fazer isso? A Lua sempre foi perfeita, muito perfeita. – Agora, Pedro, se quiser conversar – ele afirmou e os dois subiram.
  Meu mundo estava desmoronando e eu não percebi.
POV’S LUA.

  1 ano depois...

 - Hoje faz um ano que eu estou na Alemanha, mesmo tendo que ficar 6 meses sem trabalhar, to conseguindo manter a casa – falei para Anna que riu – sem destruir nada.
   - Boba, você ia conseguir Lu, e não seja modesta, as notícias de seu noivado já saíram em revistas de outros países.
  - Do Brasil? –perguntei assustada.
   - Não, ainda não – ela me acalmou – mas você é uma modelo internacional e vai se casar com um fotografo muito bem reconhecido no mundo da moda, você já saiu em notícias aqui do Brasil.
   - Ah Anna, eu refiz minha vida, deixando tudo para tras – ouço um gritinho fino atrás de mim – ou quase – murmuro.
    - Como ela está, Lu?
    - Bem, o Nick cuida bem dela e a ama, mesmo sabendo de tudo.
    -  Lu, você sabe que ele tem o direito...
    - Não, Anna, ele não tem direito nenhum. – suspirei – Olha, desculpa, mas eu tenho que desligar, manda um beijo pro Fê e para o Pedro.
   - Tchau Lu.
Vou até o quarto da onde a risada fina saiu, eles estavam lá, Nick brincava com Maria Clara, quando me viu a menina tratou de aumentar o sorriso e soltar uns de seus sons de bebê, me fazendo rir e chamar atenção de Nick. O homem loiro, alto, bem branquinho de olhos verdes me olhou e sorriu bobo, vindo me beijar, Clarinha riu ainda mais. Fui até ela e a peguei no colo, dando um beijo em sua testa e trocando sua roupa.
Lua (http://www.polyvore.com/love_comes_when_you_least/set?id=65629427)
M. Clara (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65695876&.locale=pt-br)
 Eu, Nick e Clarinha fomos até o shopping, da mãos dadas caminhamos corredores e corredores atrás de coisas para nossa casa e filha. Eu criei uma vida aqui, e estava feliz com ela. Paramos em um restaurante brasileiro para almoçar, Nick adorava. A TV estava ligada passando jornal, todo em português com legenda em alemão.
  - möchte Sie fragen? – um homem baixinho e careca veio perguntar, sorri para Nick e pedi.
  - Könnte die Lautstärke des TV zu erhöhen? – Ele acenou e aumentou o volume da Tv.  Pedi arroz de carreteiro e comecei a prestar atenção na TV. A notícia de um show de uma banda brasileira passava na TV.
   - E esses são os meninos da Censured, que finalmente irá sair do País, com destino a França, Itália e Alemanha. Meu corpo gelou.
  - Quer ir nesse show? – Nick perguntou divertido, sorri concordando. – Então nós vamos.
  Eu sentia tanta falta desses meninos. Ou quase todos eles, eu acompanhava algumas notícias: Sophia ainda namorava Chay. Mel não está mais com Pedro, que voltou com Rayana (isso eu sabia porque falei com Pedro algumas vezes, mas parei quando Arthur começou a procurar meu número e eu tive que trocar novamente, eu não queria escuta-lo, não queria vê-lo, pois eu sabia que assim o que fizesse, tudo que joguei em um latão no fundo da minha alma voltaria, e todo a dor que eu evitei ao ir embora sem dizer tchau, iria voltar.
   Deixei Maria Clara na casa da minha mãe, e fui até o apartamento do Nick, para irmos ao show.
(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65696862&.locale=pt-br)
Foi lindo ver aqueles meninos no palco, mas eu estava tensa, Nick me abraçava o que eu acalmou, ou me deixou mais nervosa? Não sei, não sei de nada. As luzes se apagaram e tiveram gritos, mas era cedo demais para o show acabar. Ainda sem luz, escutava-se uma voz, aquela voz, a voz dele. Mesmo mal cuidado, a barba por fazer, mesmo distante o filho da mão continua lindo..

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