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terça-feira, 7 de maio de 2013

3º Capítulo de 2º Temporada de Love comes when you least expect





Descobriu Tudo!!!!





   Arthur sentou-se ao meu lado, eu deitei a cabeça em seu ombro e chorei. Chorei porque senti que precisava chorar. Chorei por que senti que podia confiar. Chorei porque ele enxugou minhas lagrimas. Ele passou sem braço por meus ombros, vi Pedro olhar para nós com o rosto vermelho e feições bravas, Sophia e Chay trocarem sorrisos após nos verem, Mel olhando Pedro com uma expressão de compaixão. Levantei e puxei Arthur pela mão. Cheguei perto de Mel e sussurrei em seu ouvido.
   - Vai lá , ele ta precisando – Levei Arthur para fora da sala, até um corredor que dava em um elevador, ali só tinha a porta do elevador e um vaso de flores
  -Lua, fica calma meu amor – ele disse me abraçando, eu sempre achei nojento esses apelidos de casal, mas eles eram reconfortantes agora, não que eu e Arthur JÁ fossemos um casal, ainda não recebi nenhum pedido...
  - Eu to com medo – eu assumi, me aninhando a seu peito, que já estava ficando familiar para mim, ele afagou minhas costas, como um pai faz para uma filha, sem malicia nenhuma.
  - Eu sei, meu anjo – ele me apertou em um abraço – eu to aqui, pra sempre, viu? – beijei-lhe com carinho, calma, desfrutando de cada pedacinho de sua boca, ele correspondeu com a mesma calma...
  - O QUE TA ACONTECENDO AQUI? ARTHUR? – Pedro, com o rosto vermelho apareceu ali, com Mel em seu encalço, tentando segura-lo
   - Calma..Pedro! – Ela dizia nervosa, nem eu nem Arthur conseguíamos falar, ainda estávamos abraçados. Eu não esperava aquela reação de Pedro, tudo bem que eu também não esperava que ele descobrisse agora, e desse jeito, mas mesmo assim, nada justifica.
  - LARGA MINHA IRMÃ SEU VERME – Pedro se soltou de Mel e arrancou em nossa direção, dei um passo para trás e Arthur me segurou. – EU JÁ DISSE PARA LARGAR ELA. – me soltei de Arthur e parei em sua frente, Pedro parecia um cão raivoso – LUA, SAI DAQUI – ele nem me olhou ao dizer isso – MEL, TIRA ELA DAQUI – Olhei em desespero para Arthur, mas ele estava sereno.
   - Vamos Luh... – Mel me chamou – Vamos também Pedro... por favor, esquece isso.
   Eu não estava entendendo o que de verdade estava acontecendo, Pedro nunca interferiu com quem eu ficava ou deixava de ficar, ele até deu apoio quando namorei o Bernardo.
   Sendo puxada por Mel, deixei o lugar, com uma culpa imensa dentro de mim, eu escutava a voz dos dois, mas não compreendia o que estava sendo dito.




Arthur Pov’s

 Eu queria arrancar a dor da Lua por aquele beijo, eu queria abraça-la e protege-la do mundo, eu queria tranca-la dentro de mim e não deixar que nenhuma espécie de maldade humana ou sofrimento a atingisse, eu sei que era inútil querer tudo isso, mas eu só queria ver sempre aquele sorriso dominante, aqueles olhos brilhando de felicidade e aquela mente trabalhando na próxima festa.
   Ouço um grito, Pedro.
- O QUE TA ACONTECENDO AQUI? ARTHUR? – foram poucas as vezes que vi Pedro nesse estado, eu estava com medo, largando tudo e indo para perto do meu melhor amigo, eu estava sendo um covarde... Até sentir a menina em meus braços, ela tremeu e quando ouvi sua voz, tive certeza que nunca a largaria, não importa o que acontecesse.
    - Calma... Pedro – a voz dela vacilou, eu daria tudo para saber o porque de tanta raiva.
   -LARGA MINHA IRMÃ SEU VERME – minha vontade era mata-lo ali, estrangula-lo, fazer ele engolir cada palavra dita. Eu não estava conhecendo meu melhor amigo. Ele veio em nossa direção, Luh estava inquieta perto de mim – EU JÁ DISSE PARA LARGAR ELA – por um minuto de descuido, Lua de soltou e parou na frente de Pedro.
   - LUA, SAI DAQUI – ele gritava com ela, eu poderia aceitar ele me chamar de verme, de filho de puta, do que quisesse, mas meu sangue ferveu e minha mente só via minha mão socando a cara dele – MEL, TIRA ELA DAQUI – para sorte, Mel tirou Lua dali, ainda tentou levar Pedro, mas ele ficou.
   - O QUE DEU EM VOCÊ CARA? – Perguntei ficando frente a frente
   - VOCÊ BEIJA MINHA IRMÃ, E EU TENHO PROBLEMAS? SEU CANALHA – ele riu irônico
   - AH, ENTÃO O FALCONE NÃO TEM PROBLEMA, AGORA EU SOU CANALHA?
   - O Bernardo queria namorar ela! – A imagem da Lua e do Bernardo juntos me assombrava, mas não sei o porquê, subiu um frio na espinha. Eu namorar sério? Porque sim, se eu namorar a Lua vai ser sério, vou ter que ser fiel, dedicado... ser apenas de uma.
  - É, eles namoraram – suspirei e Pedro me encarou
  - Viu? Você só queria pegar ela, como você sempre faz Aguiar! – Pedro se escorou na parede e suspirou – Ia usar ela e jogar fora. Como sempre fez, só que ela é MINHA IRMÃ PORRA.
- Cara, eu não sei o que eu to sentindo! Eu nunca me senti assim. Eu nunca quis estar o tempo todo com uma pessoa, protege-la, eu nunca quis que alguém fosse feliz custe o que custar! Eu nunca tremi a escutar uma voz, eu nunca dormi pensando na mesma pessoa, eu nunca fiquei horas olhando o twitter de alguém. – eu disse sem olha-lo – eu faço tudo isso pela Lua – me escorei ao seu lado – EU NUNCA ENCARARIA MEU MELHOR AMIGO EM UMA CRISE DE RAIVA, MAS EU PRECISO DESSA MENINA – suspirei e ele me encarou
   - Precisa leva-la para a cama? – Confesso que um sorriso malicioso surgiu em meus lábios, ah se o Pedro soubesse que se fosse isso já teria acabado... – AH NÃO! VOCÊ NÃO...? –Arqueei as sobrancelhas, eu não sabia que imagem que o Pedro tinha da Lua, mas com certeza não era verdadeira – Seu filho da mãe – ele passou a mão pelo rosto
- Eu gosto dela...
  - MAS NÃO QUER NADA SÉRIO – ele respirava fundo – Eu deixei ela namorar o Bernardo e olha no que deu! EU NÃO QUERO MAIS VER A LUA SOFRER, AINDA MAIS QUE ELA AMA VOCÊ SEU CANALHA! – Meus olhos brilharam, minhas mãos suaram, a Lua me ama?
  - VOCÊ DEIXOU? A LUA NÃO PRECISA DA SUA PERMISSÃO! – Gritei – E VOCÊ NÃO PODE RESPONDER POR MIM, PEDRO. – 1, 2, 3 Respira – CANALHA É O HOMEM QUE PEDE PARA A NAMORADA ABORTAR! – Senti apenas um punho em meu rosto, e um Cassiano com uma cara de medo.
   - Cara, desculp... eu não queria – ele dizia, passei a mão do lado da minha boca, e vi um pouco de sangue ali.
   - Eu amo a Lua – falei com uma maturidade que nem eu esperava e saí, deixando Pedro espantada para tras.
   Na sala branca, todos estavam tensos, Lua que estava abraçada a Mel, apenas levantou o olhar em minha direção, fazendo uma cara espantada ao ver meus lábios, colocando a mão em cima de boca aberta, fui para o bebedouro e fiquei por lá. Vi Pedro entrar cabisbaixo e se sentar perto de Chay e Sophia.
  Eu olhava Lua o tempo todo, ela me retribuía, mas nenhum dos dois ousava sair do lugar.
  - Sr. Blanco? – Uma enfermeira entrou na salinha – Poderia me acompanhar? – Pedro e Lua levantaram, mas a enfermeira pediu para eles ficarem.
Se o clima estava tenso, só se fez piorar.


Lua Pov’s

Pedro havia batido em Arthur, eu queria falar com ele, mas não queria piorar a situação.
  Quando e enfermeira apareceu, eu tive tanto medo, queria que ele estivesse me abraçando.
  Meu pai voltou segurando minha mãe e fomos para a casa em silêncio.
  Segundo minha mãe o que ela teve foi apenas um desmaio e que fariam uns exames para descobrir o motivo. Pedro nem voltou para a casa, e eu estava querendo muito ligar para Arthur.
  Sabe quando por um minuto, sua capacidade de raciocínio some? Sabe quando, ao ler um único nome, você fica estática? Não sabe o que fazer? Parece uma garotinha de 10 anos descobrindo o primeiro amor? Arthur era esse o nome que piscava no visor do meu celular. Eu podia atender. Eu deveria atender, mas eu estava com medo. Medo de perde-lo, de ouvir ele dizer que não me quer, que não vai enfrentar o melhor amigo. Eu estava insegura. Pela primeira vez, eu estava dependente de um garoto. Ele era como meu ar, eu precisava dele, eu precisava senti-lo, abraça-lo. Eu queria ele como eu nunca quis ninguém. Eu nem sei o porque disso, quando começou, como, onde. Eu só sei que é amor.

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