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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Amor Por Contrato


                                                                                              8º Capitulo


Nem se ela estivesse encostado em um fio desencapado de eletricidade sentiria tamanha descarga elétrica em seu corpo. E com ele não era diferente.
E então assim como fora iniciado o beijo terminou.
Arthur e Lua abriram os olhos ainda sem se afastar e se encararam.
Ela corou terrivelmente enquanto ele parecia querer esconder um sorriso malicioso.
- Hahaaam. - Micael limpou a garganta – Annn, creio que o tabelião tenha muitos assuntos para tratar ainda hoje. Eu já estou de saída, gostaria que eu lhe acompanhasse até a porta ? - ele perguntou em um despacho evidente
- Sim, você tem razão meu jovem. Foi um prazer Senhor. - estendo a mão para Arthur, que relutante se afastou de Lua e apertou a mão do velho – Senhora. - beijando gentilmente a mão de Lua.
Senhora … Lua com certeza teria caído na gargalhada se não fosse seu rosto queimando absurdamente.
- Bom, - Sophia disse com um sorriso insinuante – também vou indo. Não quero estragar a noite …. de vocês.
Abraçou Lua com força e sussurrou um “boa sorte” em seu ouvido.
- Quer que eu … - ela interrompeu Sophia
- Não precisa, eu lembro o caminho até a porta. Obrigado. Boa noite. - ela disse lhe dando um abraço meio desengonçado.
O silencio incomodo, fazia o barulho do salto de Sophia parecer extremamente auto, até a porta finalmente bater, anunciando que Sophia já havia saído, e que agora restava só a eles na imensa casa.
Eles trocaram um olhar envergonhado em meio ao silencio e então Lua foi a primeira a se pronunciar :
- Onde deixo minhas coisas ?
- Oh, sim, claro. Onde estão suas malas ?
- Lá fora. - ela disse fazendo uma careta.
- Tudo bem, eu te mostro seu quarto, e enquanto toma banho eu pego as suas malas pra você, e então você se arruma. - ele disse quase que somente para ele ouvir
- Me arrumar para que ?
- Vamos sair para jantar. Comemorar nosso casamento. - ele disse irônico – E se dermos sorte, encontramos algum fotografo para tirar fotos que estampem as revistas de amanhã.
Lua engoliu seco.
Oh sim, claro, aparecer em revistas. Quem nunca fez isso ? É tão normal e natural !
Ela quase gritou. Não conseguia acreditar no que sua vida se tornará. Não mesmo.
- Venha, me siga. - ele disse começando a caminha
“ Você tem que manter o foco. Isso é só um acordo profissional. Tudo vai acabar logo e ficará tudo bem. “ - ela disse a si mesma enquanto subia as escadas logo atrás de Arthur.
Após uma pequena familiarização com a casa, Lua enfim entrou no banho. Dispensando a banheira, preferiu o chuveiro, admitindo que tudo naquela casa era extremamente grande e luxuoso.
Cuidando para não molhar as cabelos, ela tomou um bom banho quente e secou seu corpo com a toalha aveludada branca.
Abriu a porta com cuidado, e como Arthur prometerá lá estavam suas malas à sua espera.
Pintando bem o olho com delineador e rímel, optou por um blush fraco e um batom meio rosado.
Quanto a roupa, não teve o que escolher, afinal a variedade se resumia em um vestido florido de verão, e outro mais longo vermelho e tomara que caia.
O tradicional sapato preto de salto, lhe fez parecer bastante apresentável, para uma capa de revista.
Soltou os cabelos, escovando-os com delicadeza e foi em direção a porta.
Já estava no final da escada quando Arthur pareceu sentir sua presença e se virou apressado.
O olhar faminto lhe varreu o corpo, guardando cada curva acentuada na memória, e quando os olhares finalmente se encontraram, ele sorriu travesso :
- Nunca conheci mulher alguma que fosse tão pontual !
- Prazer. - ela disse sorrindo sem jeito.
- Vamos ? - ele disse apontando para a porta.
Ela assentiu o seguindo.
O esportivo vermelho já estava a espera deles do lado de fora da casa.
Entrando pela primeira vez em um carro tão carro, ela não pode deixar de notar o conforto.
Não ousou olhar para Arthur ou falar com ele durante todo o trajeto.
Por algum motivo ficar perto de Arthur a deixava encabulada.
Talvez fosse pela forme como ele a olhava. Talvez fosse por sua tremenda cara de pau … ou talvez ainda por sua doce ironia que lhe atormentava.
A única coisa que ela tinha certeza era que teria que conviver 6 meses com aquele homem. Gostando ou não.
O carro finalmente parou despertando-a de seus pensamentos, e ele a convidou com a voz um tanto rouca :
- Vamos querida ?

Continua

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