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terça-feira, 28 de maio de 2013

Doce Amor capítulo 97




Só Arthur sabia que o pintor não poderia se livrar daquele sofrimento, assim como ele próprio não poderia. A imagem de Claudia para Andre, e de Lua para Arthur, não podiam ser esquecidas. Era
algo que ficaria com eles para sempre. Claudia e Lua eram o tipo de mulher que os homens amavam por toda a vida.

Jack Garder continuara amando Claudia, mesmo depois que ela o traiu e o abandonou. O retrato pendurado no quarto do velho depois de tantos anos era prova disso. E a dor de Andre Souter por ter perdido Claudia era inconfundível. Arthur sabia, e não tinha dúvidas, de que amava Lua do mesmo jeito e com a mesma intensidade.


— Eu... — Lua parou, umedecendo seus lábios res­secados. — Você percebe que eu sou filha da Claudia? — perguntou a Andre Souter.

Ele riu alto ao olhar para Lua.

— Como eu poderia não perceber? — o pintor se aproximou, com a mão trêmula, para acariciar-lhe, de leve, o rosto. — Você é tão parecida com ela — ele disse. — Muito, muito parecida mesmo.

Lua olhou ressentida na direção de Arthur.

— Sim.

Um olhar que encontrou uma determinação que ela não compreendeu. Se bem que ela jamais entendera Arthur mesmo, então por que isso mudaria agora que ele estava prestes a desaparecer e deixá-la em paz?

Lua se virou para Andre Souter.

— A questão é... — ela deu um risinho. — ... sou sua filha ou filha de Jack Garder?
— Minha, claro! — disse o pintor, franzindo a testa. — Claudia, a sua mãe, não tinha esse tipo de relacionamento com Jack Garder. Na verdade, ela nunca se relacionara com outro homem antes de mim — ele confessou.

Lua ficou pasmada.

— Mas...
— Não houve nenhum homem antes de mim, Lua. — ele disse, sério. — Claudia gostava de mostrar que era louca e indomável, que era até mesmo moderna. Mas, na realidade, era uma mulher doce e encantadora que nunca estivera com um homem. Fiquei completamente perdido quando percebi que era a primeira vez que ela fazia amor. — Andre exalou um suspiro trêmulo. — Meu
casamen­to não era feliz, mas isso não era desculpa para seduzir uma menina ingênua!

Continua.....

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