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terça-feira, 28 de maio de 2013

20º Capítulo de 2º Temporada de Love comes when you least expect




A Vida!!!!




No dia seguinte, quando cheguei em casa quase de noite, Mel estava brincando com Maria, ela me olhou sorrindo, Maria me olhou cúmplice.
  - O tio Arthur te levou no parque mãe? – pobre inocência, concordei.
 - Você está atrasada –Sophia disse, saindo da cozinha, eu a encarei – O jantar- NOSSA, O JANTAR COM MEU N-O-I-V-O. Fui até o banheiro repetindo que tudo não passou de um mal entendido, eu estou noiva, era apenas o lugar que mexia comigo. Me arrumei rápido, e fui de dirigindo até o restaurante.
Lua http://www.polyvore.com/lua_jantar/set?id=66756189#stream_box
 - Sr. Nicholas Sprinter – sorri para a loira que ficava no balcão, ela deu um piscar de olhos.
  - Srta. Lua Blanco? – assenti – o Sr. Sprinter a aguarda – ela me conduziu até a mesa.
  - Desculpe – falei me sentando – você conhece a pestinha- Quando o encarei, ele estava impassível, a expressão séria. Sua aliança de noivado repousava sobre a mesa, em cima de uma fotografia, ele me encarou e olhou para a fotografia, ela fez sinal para que eu a pegasse. E eu o fiz, MEU DEUS, meu coração parecia que ia sair pelo boca, e eu fechei-a para que não fizesse.
  - Nick, eu.. – comecei a falar e ele fez que não com a cabeça.
  - Lua – ele segurou minhas mãos – quando você disse que ia voltar para o Brasil, eu já sabia que iria te perder, nós sabíamos, eu vir para cá foi apenas pela Clara, está tudo bem – ele fechou os olhos e meu coração se apertou – eu só queria que ele soubesse a mulher perfeita que ele vai ter, o quão sortudo ele é  por sempre ter tido seu coração, e essa menina linda ser prole dele. Só quero que vocês sejam felizes, e vou cuidar para isso – eu concordei, deixando grossas lágrimas descerem por meu rosto, ele acariciou as costas da minha mão e guardou sua aliança nela – Quero que guarde com você – eu sorri, mordendo o lábio – Vamos tomar um vinho? – ele mudou completamente de assunto. Nick era um anjo, a última coisa que eu queria era magoa-lo, no final, nos despedimos com um abraço e um encontro de bochechas.
  Quando Maria soube ela ficou uma semana sem falar comigo, mas Arthur ajudou muito nessa fase, me pergunto até quando vou conseguir esconder, as duas coisas, meu amor e o fruto dele. Arthur e eu voltamos a sair, como amigos... com alguns benefícios, claro. Então se eu já achei difícil lidar com Maria quando Nick foi embora, quando ela descobriu com Arthur foi pior, ainda não sei qual delas foi pior: Maria ou a imprensa. Nossos amigos ficaram felizes, Pedro negou no inicio, mas logo se rendeu.  Fazem exatos 10 meses que Nick foi embora, 6 que voltei com Arthur, estamos muito felizes, assistindo nossas comédias românticas e comendo yakisoba.
  - Lu – Arthur me chamou enquanto colocava os pratos na pia, e eu descia as escadas após ter colocado Maria para dormir.
- Hmm – murmurei sonolenta, enquanto me encaixava nele no sofá.
 - Espera, acorda um pouquinho – ele me sacudiu -  Posso dormir aqui hoje? – olhei no relógio, se passava da meia noite.
 - Uhum – me aconcheguei mais a ele.
  - E amanha? – sorri – e depois, e depois, e depois? – apertei sua coxa em sinal de que estava acordada – E para sempre?
  - Arthur – tentei me manter acordada – Não sou só eu que moro aqui, noss..minha filha também.
 - Você ia dizer nossa? – ele sorri bobo – Lu, eu amo a Maria, amo muito, e sei que ela gosta de mim...
  - Shh – eu disse,na tentativa de acabar com o assunto – Você não pode morar aqui.
  - Qual o problema? A Maria ou você? – ele me olhou bravo, ou melhor, furioso.
  - Não é isso, é que... – tentei arranjar formas de contornar, mas ele foi mais rápido.
 - Entendi, você não quer – ele afirmou com a cabeça, eu neguei, quando ele levantou, pegando sua jaqueta.
  - Arthur, não é nada disso – tentei falar, falhando.
 -É o que então? – eu o encarei, mas não achei nenhuma resposta – Mais um segredo? Já não tem os suficientes Lua? Já chega, já chega. Eu me entreguei pro nada quando você foi embora, eu deixei de viver, não vou passar por isso de novo e..
  - Eu não vou embora, eu não posso..
 - Você não pode, mas quer...não é? – ele caminhou na minha direção, tive que olhar para cima para encara-lo – Fala Lua.
 - Não, eu não queria estar aqui, mas eu tenho.- admiti.
 - Por que? Diz, você tem que estar aqui? – ele dizia cada palavra com ânsia, com repugnância, como se elas o causasse enjoo.
  - Pela Maria..
- Ah, vai dizer que ela precisa do sol brasileiro, ou o pai dela resolveu perseguir e exigir a guarda para tira-la da mãe maluca?
- É isso? Você a tiraria de mim? – falei, sentindo culpa, toda a minha guarda abaixar.
 - Talvez, mas eu não sou o pai dela – ele falou, andando para a porta, fiquei sem resposta – Eu não sou o pai dela? – ele virou e me encarou incerto – Ela tem quase 7 anos, você foi embora a quase 7 anos, todos dizem que ela é parecida comigo, você teve que voltar para o Brasil para a Maria conhecer o pai, não é? Lua, eu sou pai? Você foi embora gravida?
 - Não..
  - Não menta Lua, chega de mentiras ta bem? Você já tem suficientes – eu o encarei atônita, ele parecia cheio de munição, todas apontadas para mim.
  - QUER SABER? EU FUI EMBORA GRÁVIDA,MARIA É SUA FILHA!
 - Você não me deu nem a chance de saber, de vê-la crescer, aprender a falar, andar.. você não me deu a chance de ser pai dela!
  - Ela teve um bom pai – revirei os olhos.
  - Como você poderia saber?
 - Eu estava com medo, ta legal? Com muito medo, nós não nos falávamos mais, não queria que essa criança nascesse no meio disso, não queria você comigo por obrigação, queria que ela tivesse uma família de verdade – eu não o olhei por um segundo sequer, ele andava de um lado para o outro.
  - Uma família no meio de mentiras? Como ela pode ter uma família se o verdadeiro pai dela nem sabia que ela existia?
  - Nick foi o pai dela.
  - Claro você não me deu a chance de ser! – ele estava muito irritado, parece que estava pronto para cuspir fogo pelo nariz, em mim- Olha, eu preciso pensar, essa história toda, eu realmente preciso de um tempo – ele pegou suas chaves e foi em direção a porta.
  - Arthur.. – o chamei com a voz mansa, carregada de apreensão.
  - Não Lua, por favor, não – e eu o deixei ir.
Uma semana, Arthur não queria me ver, nem ia adiantar, e eles estavam em turnê. Era sábado de manhã, eu estava em casa, assistindo desenho com minha filha.
Lua http://www.polyvore.com/cgi/set?id=68155281&.locale=pt-br
M. Clara http://www.polyvore.com/cgi/set?id=68155874&.locale=pt-br
Quando alguém bate a porta. No inicio eu pensei até em nem atender, mas a insistência foi tanta que Maria quase gritava comigo, então com os pés pesando toneladas larguei meu pote de sorvete e tentando deixar a preguiça no caminho, em vão. Ao abrir, me deparo com uma calamidade maior que a minha, ele estava com olheiras, com a boca seca, bochechas sem cor, suava frio, e sem nem um pouco do antigo brilho no olhar. Mas ao mesmo tempo trazia um pouco de cabelo caído pela testa, que dava uma impressão selvagem e sexy, determinada que fez todo o chão parecer tremer. Ele não olhava para mim, e sim para a menininha que agora corria em direção a porta, com um sorriso no rosto. No inicio, fiquei com medo dele rejeita-la ou algo assim, mas logo ele se abaixou ficando da mesma altura que ela e a agarrou em seus braços, abaixei o olhar e saí da porta, Maria o puxava para dentro até o sofá e mostrava o desenho que estava assistindo.

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