O Tempo!!!!
Segunda feira – RECREIO DA ESCOLA.
Os meninos conversavam alegremente em um canto, vi sophia indo até o namorado, Mel estava com uma conversa séria com Bê.
- Ela vai ficar até o final do ano fora, até passar as fofocas – Ela dizia a Bernardo que apenas assentia.
- Eu nem sei o que me deu, estávamos bêbados – ele se explicava – eu nunca transaria com a Pérola.
Deduzi que Pérola havia viajado para passar as fofocas dela com Bernardo, lembram das fotos intimas? Micael estava conversando com uma loira muito bonita, que eu não fazia ideia do nome. Pedro a Arthur estavam falando sobre shows quando eu cheguei.
- Bom dia maninha atrasada – Pedro disse rindo e eu fiz um biquinho. Dei-lhe um beijo na bochecha e fui cumprimentar Arthur. Ele me abraçou forte, eu já pressentia o que ele queria, o que nós havíamos combinado. Um beijo, apenas isso Lua, você só precisava beija-lo, e você quer isso. Eu tentei, eu juro, mas algo dentro de mim não deixou. Ao longe eu podia ver sophia, ela me incentivava, Mel, Bernardo e Micael nos olhavam estranhos, esperando alguma reação, todos já desconfiavam, menos Pedro que tagarelava atrás, mesmo ele já tendo visto um beijo nosso.
- Agora não – sussurrei no ouvido de Arthur, ele ainda me prendeu um pouco mais, mas acabou soltando, dando uma desculpa vagabunda e saindo de perto, eu via o quanto ele estava chateado em seu olhar, tentei fingir que nada aconteceu, vi Mel indo atrás de Arthur, sophia e chay me olharem reprovando, sim, eu havia feito merda.
Não vi Arthur o resto da manhã, exceto na saída, quando ele fez questão de me ignorar. Fui para a casa ainda pensando em tudo isso, o droga eu havia feito?
Troquei de roupa e almocei, o iphone com uma capinha imitando macaquinhos me perseguia, para onde eu ia ele me encarava, ta, isso foi meio psicótico, mas é sério, fiquei uma hora encarando mesmo, esperando que chegasse qualquer sinal de Arthur, e nada. Nem um “eu te odeio” quando mais um “eu te amo” mas para mim já chega!
Mandei uma sms, meu sexto sentido não deixou que eu ligasse...
L:O que foi?
A: Aconteceu alguma coisa com você? Comigo nada.
L: Nossa, educação passou longe.
A: Pois é.
L: É sério isso?
A: Isso o que Lua?
L: você
A: Eu sou sério, agora você...
L: Para com isso Arthur!
A: você que começou a conversa.
L: Me encontra no parque aqui perto, daqui a 20 min.
Não esperei para ver sua resposta, meus olhos já estavam cheios de lágrimas, ele estava tão seco, tão frio, tão distante. Me arrumei e saí de casa, contendo as lágrimas, se ele queria assim, teria que falar na minha cara tudo isso. Ele já estava parado lá, tão lindo, MEU DEUS. Caminhei até seu lado, ele me olhou de canto.
- Porque você ta assim? – Perguntei
- Assim como, Lua?
- Lua? Você ta frio.
- Assim como Luinha – ele falou irônico – Feliz?
- Arthur!
- Lua! – Ele revirou os olhos
- Para de ser infantil!
- Eu? Infantil? – ele finalmente me olhou – NÃO SOU EU QUE EM UM DIA FALA QUE TE AMA, QUE QUER VOCÊ, QUE QUER ENFRENTAR O MUNDO E NO OUTRO DESISTE! NÃO SOU EU TENHO MEDO DE ASSUMIR COM ALGUÉM PELO O QUE OS OUTROS VÃO PENSAR, QUE NEGO UM AMOR, OU INVENTO UM! PORQUE AMOR COMO O SEU LUA, EU NÃO PRECISO. REALMENTE, EU POSSO SER INFANTIL. – lagrimas escorreram pelo o rosto de Arthur, ele esfregou a mão, deixando-o mais vermelho, tentei me aproximar para seca-las mas ele se afastou, sentando-se no banco ali perto – Eu cansei Lua – ele disse mais rápido – cansei de você falar que me ama, mas ter atitudes contrárias a isso, cansei de você ser tão indecisa, mudar de ideia e humor fácil, cansei dos seus medos, cansei – Agora eu comecei a chorar, pronto Lua, você queria ouvir dele? Ouviu.
- Você cansou de mim? – perguntei tremendo.
- Eu amo você – Ele sorriu de canto – mas eu me amo também. E ao contrário de você, penso em MIM. Você pensa que vai ser ruim para você quando seu irmão souber, imagina para mim? Ter que esconder do meu melhor amigo que eu amo a irmã dele. Cansei de você me encher de esperanças e depois ter medo de tudo – ele disse – eu quero pensar no que é melhor para mim agora – e saiu, eu não tive forças de levantar para para-lo, deixei-o ir.
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