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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Doce Amor capítulo 90





— Eu pretendo fazer o que você quiser, Lua — disse-lhe, a fim de tranqüilizá-la.

Ela continuou a observá-lo por um momento, respiran­do fundo antes de responder:

— Você acredita quando lhe digo que não engravidei de propósito, que foi uma surpresa para mim, tanto quanto foi para você?
— Acredito — disse Arthur. — Desculpe por tê-la acu­sado. Sinto muito. Sinceramente. Não há perdão para as coisas que eu lhe disse, para as coisas que eu fiz. — ele passou a mão por sobre os olhos. — Você tem todo o di­reito de me odiar.
— Eu não o odeio, Arthur — ela disse. —Afinal, você é o pai do meu bebê.


Sim, ele era. Arthur quase tinha certeza disso. E mesmo que não pudesse ficar com Lua, ele ainda continuaria a vê-la, por causa da criança.

— Não escolhemos as pessoas que amamos, Arthur — disse Lua, sem rodeios. — Simplesmente as amamos ou não.

E Arthur estava quase convicto de que Lua, não o amava! Talvez fosse um castigo por tê-la tratado daquela forma. Amar uma mulher que jamais, jamais retribuiria o amor.

E ela só queria terminar aquela conversa. Não agüen­tava mais. Tinha certeza de que agora Arthur voltaria para Nova York, para ficar com Sarah. Daria apoio financeiro ao bebê, mas isso era tudo.
Talvez tenha sido melhor que isso tivesse aconteci­do agora, antes que eles cometessem o equívoco de se casar, mas Lua só não sabia se seria capaz de suportar aquilo.

Arthur apareceria e desapareceria da vida dela e da do bebê, como um estranho para os dois, vivendo e amando outra pessoa, em outro lugar. Será que Claudia passou pela mesma situação? Apai­xonada por Andre Souter, porém rejeitada, e aban­donada por Jack Garder quando ele descobriu que ela tivera um caso com outro homem? Mas Claudia tinha apenas 18 anos, enquanto Lua ti­nha 26, e ela disse a Arthur, mais de uma vez, que era ple­namente capaz de cuidar de si.

Com certeza não imploraria pelo amor de um homem que não podia ficar ao lado dela porque ainda amava a ex-mulher! Lua pôs-se de pé, de repente.

— Realmente acho que é hora de eu sair, Arthur. Vou arrumar minhas malas. Ainda bem que a Gina não teve tempo de encontrar outra pessoa para dividir o apartamen­to — acrescentou, tentando rir da situação. Mas o sorriso e toda a expressão estavam sérios demais.
— Vou levá-la ao seu apartamento...
— Não é necessário...
— Necessário ou não, é o que pretendo fazer — in­sistiu, determinado. — E o mínimo que posso fazer — acrescentou.
— Tudo bem. Obrigada — aceitou Lua.

Continua.....

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