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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Doce amor capítulo 78 ao 80





capítulo 78



Lua, porém, era capaz de lidar com tal mudança. Na verdade, ela não queria mesmo conversar sobre Arthur naquele momento. Tentou se convencer de que eram os hormônios que a deixavam de pernas bambas e com o corpo dolorido ao pensar nele. Os hormônios estavam em polvorosa porque ela estava esperando um bebê, tudo muito simples. Foi o que repetiu a si quando Arthur voltou à galeria no fim daquela manhã e Lua, ao vê-lo, sentiu o corpo ardendo.

Arthur era mesmo tão lindo quanto as colegas de traba­lho diziam, e Lua sabia muito bem como ele era quando estava nu. Ela ficou tensa quando ele atravessou a galeria na direção dela, com a mesma energia de sempre. Lembrava-se de ter passado as mãos naqueles cabelos negros um pouco compridos demais na noite anterior, de como aquele corpo musculoso combinava com o terno cinza que o cobria.

— Sim? — ela o encarou, na defensiva.
— Vamos fazer uma reunião, Lua — ele murmurou, olhando para Kate, que trabalhava nos fundos da galeria. — E assim que você recebe o seu noivo?

Ela o olhou torto e irritada.

— Você quer que sejamos... Discretos em frente ao res­tante dos funcionários, não é?

Na verdade não, pensou Arthur. Discrição era a última coisa que lhe vinha à mente quando pensava em Lua! E ela não era somente uma funcionária; era sua noiva, meu Deus.

— Achei que seria o que você queria — ele respondeu. — Também achei que você gostaria de saber que meus ad­vogados telefonaram e que o casamento foi acertado para daqui a duas semanas, na sexta-feira, às duas e meia da tarde — informou-lhe, satisfeito, enquanto via que Lua ficava pálida ao receber a informação de que se casaria dentro de 18 dias exatos.

Droga, por que ela sempre reagia como se casar com ele fosse quase tão ruim quanto caminhar para a forca, e não como se estivesse prestes a se unir a um homem que tinha mais dinheiro do que Lua poderia gastar em toda uma vida?

 capítulo 79


Droga, por que ela sempre reagia como se casar com ele fosse quase tão ruim quanto caminhar para a forca, e não como se estivesse prestes a se unir a um homem que tinha mais dinheiro do que Lua poderia gastar em toda uma vida?

— Achei que você gostaria de ligar para seus pais e lhes dizer que o casamento já tem dia e hora definidos — disse Arthur.
— Eu tentei ligar para eles hoje, mais cedo, mas nin­guém atendeu — ela revelou, franzindo a testa.

Ele ficou tenso, perguntando-se por que, já que eles ha­viam se encontrado no sábado.

— E...?
— Eles geralmente estão em casa numa segunda-feira pela manhã.

Arthur deu de ombros.

— Talvez hoje eles tenham decidido fazer algo diferente.
— Talvez — concordou ela, obviamente insatisfeita.

Ele franziu a testa.

— Não é preciso se preocupar, Lua.

Ela estava tentando não se preocupar, mas quanto mais pensava no assunto, mais se convencia de que os pais agi­ram estranhamente depois que o nome de Jack Garder veio à tona. Lua ligara para eles esta manhã para desistir da idéia, mas o telefone tocou e tocou até a ligação cair, sem resposta.

— Vou ligar para eles mais tarde — ela disse, sem que­rer que Arthur percebesse que estava preocupada.
— Talvez...

capítulo 80



A passos longos, Arthur logo alcançou Lua que saía da galeria com o andar lento. Ele estava ao lado
dela quando chegaram ao hall de entrada, todo em mármore, onde Maria e Henry esperavam.

Ele ficou feliz por tê-la acompanhado ao ver a serieda­de estampada no rosto do casal mais velho. Mais do que nunca, estava certo de que o desconforto que sentira no sábado era justificado.


— Espero que não se importe Arthur — disse Maria, an­siosa, pegando a filha pelas mãos. — Precisamos conver­sar com Lua. Na verdade, com vocês dois.
— Poderíamos ir para um lugar... Mais reservado? — perguntou Henry, baixinho, assim que meia-dúzia de pessoas passou por eles.
— Mamãe? Papai? — Lua demonstrou preocupa­ção. — O que está havendo de errado? Aconteceu algu­ma coisa?
— Apenas precisamos conversar com você, querida. — a mãe lhe apertou a mão, tentando tranqüilizá-la. — Nós... Precisamos explicar umas coisinhas. — ala parecia sofrer ao admitir aquilo.
— Vamos subir até meu apartamento — disse Arthur, de repente. — Lua? — perguntou, vendo que ela não se moveu e, pálida, olhava com
curiosidade em direção à mãe.

Maria observou, estava sob forte pressão emocio­nal. Os olhos estavam vermelhos e inundados de lágri­mas. Ela estava tão pálida quanto Lua. O que quer que tivesse acontecido, ele pretendia ficar ao lado de Lua. Não importava o que fosse! Lua sentia a tensão crescer à medida que o eleva­dor subia. E se perguntava se o assunto sobre o qual os pais tinham para conversar com tanta urgência era Jack Garder.

Ela sabia que Andre Souter já devia ter recebido a carta junto à fotografia e que, embora Lua lhe tives­se fornecido o próprio endereço e telefone celular caso o pintor quisesse entrar em contato, ele não o havia feito até então. Lua estava deveras decepcionada. Mas se os pais lhe contassem algo sobre Jack Garder, já seria alguma coisa. Se bem que ela não estava feliz com aquele estresse todo pelo qual o pai e a mãe pareciam estar passando.

— Aqui estamos — disse Arthur, conduzindo-os para dentro do apartamento.

O apartamento deles, pensou Lua, imaginando se Henry e Maria tentaram encontrá-la no antigo lar antes de irem à galeria, e se de algum modo se surpreenderam quando Gina lhes contou que ela se mudara. Lua pen­sara em só lhes contar quando os pais fossem a Londres para o casamento. Achava que não havia razão para lhes dizer antes. Mal sabia ela que eles a surpreenderiam com uma visita!

Continua...

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