Lua ficou horrorizada ao entender completamente o que Arthur acabara de dizer. Não era exatamente a reação que ele esperava após um pedido de casamento. A maioria das mulheres que Arthur conhecia, se estivessem no lugar de Lua, teriam pulado de felicidade diante da idéia de se casar com ele. Mas parecia que ela fora insultada! A não ser que estivesse se fingindo de surpresa com a sugestão.
Arthur tentou afastar aquele pensamento. Se era para os dois se casarem e terem um filho, era preciso que tivessem algo em comum, além do bebê. Se não, seria um desastre.
— Ora, Lua, não vai ser tão ruim assim. Você não precisará trabalhar. Pode gastar meu dinheiro redecorando meus apartamentos, se quiser. — analisando o imóvel aconchegante, Arthur teve a impressão de que aquele estilo cromado e em couro dos próprios móveis não agradariam a Lua. — Ou podíamos comprar uma casa nova — sugeriu, como se aquilo tivesse acabado de lhe ocorrer. — Seria mesmo melhor para a criança se houvesse um jardim e...
— Pare, Arthur! ? interrompeu Lua. — Pare! Eu não vou me casar com você!
— Ah, vai sim — garantiu.
— Não, não vou.
— Vai, sim — ele repetiu, com uma raiva contida.
— Não! Eu não quero me casar com você. Eu não o conheço! E você também não me conhece! — ela argumentou, frustrada. — E você não gosta do pouco que conhece.
— Ah, eu achei que você aceitaria minha oferta — ele disse, rindo.
Lua olhou para Arthur frustrada, sabendo que ele estava fingindo não entendê-la. O que os dois tiveram foi pura atração física. Sem dúvida combinaram perfeitamente naquela noite, mas isso não tinha nada a ver com casamento, com o convívio diário com alguém. Arthur estava pensando apenas nas noites, e não nos dias, semanas e anos de convivência.
Continua.....
posta mais pf
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