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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

17º Capítulo de A Cabana



A Verdade Veio A Tona!!!!


– Se abaixa Lua! – Arthur disse nervoso e eu o obedeci ele correu com o carro mais ainda, parando rapidamente em frente a nossa cabana, sai de lá correndo em direção a porta dos fundos. – Em baixo do carpete em frente à lareira tem um alçapão, abra ele e fique lá dentro até que eu apareça e diga que esta tudo bem.

Obedeci. Corri para frente da lareira e tirei o carpete do lugar. Vi o tal alçapão e o abri me deparando com uma escada. Havia um porão ali, bem pequeno na verdade, mas mesmo assim um porão. Fechei a portinhola assim que vi uma lanterna próxima ao começo da escada e a acendi, desci caminhando devagar com medo de cair. Cheguei lá embaixo e procurei algum lugar para me sentar.

Se aqueles policias estivessem me procurando? Se eles fizessem com que Arthur me entregasse? Eu não voltaria para minha casa para me casar com Pedro! Eu tinha que confiar em Arthur agora, ele era o único que não deixaria que me levassem embora, eu tinha certeza disso. Ele me protegeria até o fim!

Já havia se passado algum tempinho e nada de Arthur. Com a lanterna rodeei a minha volta e encontrei um pequeno baú, fiquei curiosa, mas sabia que não poderia mexer nas coisas de Arthur. Era invasão! No entanto...
A minha curiosidade sempre fala mais alto. Fui até o baú e o abri. La havia alguns papeis e álbuns de fotos. Peguei o primeiro que vi. Ofeguei logo na primeira foto.

Tinha uma mulher loira e lindíssima na primeira foto, ao lado de duas menininhas lindas, uma com o cabelo loirinho igual o da mulher a outra com o cabelo mais puxado para o castanho como Arthur, ambas tinham os olhos dele. Castanhos e luminosos.

Embaixo da foto estava escrito: Juliana e as gêmeas, Jane e Kate. A família que Arthur havia perdido.

Continuei olhando no álbum e se seguiram varias fotos da família dele, mas em algumas delas Arthur estava presente. Absurdamente lindo mais novo – não que ele fosse feio agora, o tempo havia feito ainda mais bem a ele - e terrivelmente feliz, em todas as fotos ele mantinha um sorriso largo de rasgar a face estampado em seu rosto perfeito.
PDV inédito Arthur.

Eu estava terrível e absurdamente feliz. Nunca mais me senti assim desde a morte de minha esposa Juliana e nossas filhas. Aquilo havia me marcado de tal forma que eu imaginava nunca mais poder ser feliz de novo, eu não era merecedor disso, claro. Eu havia matado a minha família, fui inconseqüente e irresponsável bebendo e dirigindo depois. Elas só tinham três anos quando morreram, não pude conviver com minhas filhas tanto quanto gostaria. Elas e minha esposa eram tudo para mim, era impossível respirar sem elas por perto.

Eu me sentia sufocado a cada dia desde a morte delas. Só me alimentava para poder sobreviver. Eu sabia que eu merecia sofrer pelo resto da eternidade pelo que causei a elas, eu merecia pagar por isso sendo infeliz a cada maldito dia de minha maldita vida. Eu viveria na eterna escuridão, poeticamente falando.

Mas então uma luz caiu e acendeu tudo a minha volta. Lua, minha Lua.

Ela chegou e com seu jeitinho insolente me conquistou de forma arrebatadora, mesmo por Juliana eu não fui capaz de nutrir tal sentimento com tanta rapidez. Eu demorei anos para dizer que a amava e com Lua eu demorei menos que uma semana, amá-la era algo que eu tinha certeza, era fácil como respirar. E então eu achei que sim, era possível eu ser feliz de novo e Lua me mostrou isso com seu sorriso.
Eu passava todo o meu tempo pensando na família que perdi, e na família que eu havia afastado, ambas por culpa minha, mas desde que Lua entrou em minha vida eu passava menos tempo pensando neles e mais tempo imaginando suas próximas ações.

E quando ela disse que me amava, descobri que também a amava. E quando fizemos amor foi tão... Não havia palavras para se descrever, nunca senti nada igual como o que senti com ela.

Eu me sentia leve e feliz como há muito tempo não me sentia. Eu a havia levado para um passeio e quando voltamos vi policias rodeando a área, um medo avassalador me tomou.

Se eles a estivessem procurando e a levasse para longe de mim? Não isso eu não permitirei de forma alguma. Mandei ela se esconder no pequeno porão e fui até os policias.
– Aconteceu algo? – perguntei para um deles, ele era alto e bem grande.

– Estamos fazendo buscas aqui na região. – ele me disse.

– E o que exatamente vocês estão buscando? – eu já sabia que era a minha Lua, mas nesse momento manter a calma era a melhor coisa a se fazer, eu não poderia demonstrar medo de forma alguma.

– Uma garota. – disse o policial. – Ela esta desaparecida há pouco mais de uma semana, saiu para fazer compras e nunca mais voltou, seu carro foi encontrado próximo à floresta de Forks e estamos fazendo buscas agora. – disse ele. – Espere um momento. – e ele foi na direção de outro policial que lhe entregou algo.
– Essa é a garota, seu nome é Lua Blanco. – disse ele me mostrando uma foto de minha Lua. Ela estava abraçada a duas pessoas que eu conhecia muito bem, Micael e Melanie, me senti emocionado ao poder ver meus irmãos e ver como eles estavam saudáveis e felizes. – Você é morador daquela cabana não é? –ele me perguntou.

– Sou sim. – disse dando de ombros.

– E por acaso não a viu andando por aí?

– Não. – eu disse. – E olha... Se ela realmente se embrenhou nessa floresta... Há lobos aqui durante a noite. – eu disse.
– Entendo. – disse ele. – Mas os pais dela exigem que continuemos fazendo as buscas até encontrar algum tipo de prova, de qualquer tipo. – disse ele.

– Se eu puder ajudar em algo. – me ofereci.

– Entraremos em contato, muito obrigada mesmo assim. – disse o policial e voltei para minha cabana.

Fiquei espiando os carros se afastarem um por um e quando todos já haviam ido embora suspirei aliviado. Não foi dessa vez, mas uma hora Lua e eu teríamos que encarar o mundo lá fora, eu só queria curtir um pouco mais com a minha garota antes de termos esses tipos de problemas em nossas vidas juntos. Eu teria que contar a ela tudo sobre mim primeiro, antes de dar qualquer passo a mais.
– Lua, os policiais já se foram. – fui até o alçapão que dava entrada ao porão e a chamei. – Já pode subir amor.

Ouvi-a se movimentando e quando a vi subir ela estava de cabeça baixa.

– Esta tudo bem amor... – eu disse indo consolá-la pelo que quer que seja que ela estivesse triste.

– Não me toque. – disse ela se afastando a olhei espantado. Ela andou até a cama sentando-se e jogou um papel em cima da mesma.

Foi com choque que percebi o porquê de sua magoa. Era uma foto minha com meus pais e irmãos.
– Eu não queria que você descobrisse dessa forma, eu ia te contar. – eu disse.

– Você não confiou em mim para isso. – disse ela. – Eu te contei tudo sobre mim e você não confiou em mim. Você achou que eu faria o que? Que eu te julgaria por ser irmão de meus amigos e...

– Não é nada disso amor. – eu disse. – Me deixa explicar. – eu supliquei me ajoelhando em sua frente e ela acenou pedindo que eu prosseguisse. – Eu cresci em meio a muito amor e alegria, eu tinha a família perfeita. Pais que me entendiam e que me apoiavam incondicionalmente em minhas decisões. Os irmãos mais perfeitos e alegres que alguém poderia pedir. Então conheci Juliana logo após terminar a faculdade, namoramos por alguns anos e nos casamos. Tivemos filhas perfeitas com elas. Nossa família era a imagem da perfeição e felicidade, tudo o que eu sempre pedi. Uma família igual a que meus pais construíram. Mas então eu as perdi. Tentei viver por um tempo com meus pais depois. Mas ver o olhar de pena deles toda vez que me olhavam, saber que eu havia fracassado como pai e marido, coisa que meu pai nunca havia feito... Eu não queria receber olhares de pena. Eu amo minha família, demais, mas saber que eles sofriam por mim tornava a minha dor milhões de vezes pior. Então... Eu vim para cá, meu pai havia adquirido essa cabana para passar as férias, eu a conhecia desde menino. Era o único lugar que me fazia me sentir longe de tudo. E então você apareceu. Você me tirou a paz, me perturbou, mexeu comigo, me atacava durante a noite... – ela deu uma risadinha bufada nesse momento. – E menos de uma semana em sua presença foi o suficiente para saber que eu encontrei o amor da minha vida. Eu te amo me perdoa?
– Não tem o que perdoar. – disse ela. – Eu é que tenho que me desculpar por mexer em suas coisas, fui uma enxerida e intrometida.

– Amor tudo o que é meu é seu. – eu disse. – Meu coração é seu, inteiramente.

– O meu também é seu. – disse ela se jogando em meus braços. A abracei forte contra meu peito.

Eu havia desabafado tudo, tirado todo o peso de minha consciência, eu havia lavado a alma naquele dia e só havia uma pessoa a quem agradecer.

– Obrigada. – sussurrei em seu ouvido, ela se afastou um pouco para me olhar e então sorriu.

– Não há de que. – e então ela me beijou, era sempre incrível a sensação de seus doces lábios nos meus.
PDV Lua

Arthur era um Aguiar. O irmão que Mel e Micael nunca falavam. O filho por quem Kátia sofria por não ter por perto, o filho que Carlos sentia falta.

E se eu tivesse me mudado para cá antes de tudo acontecer? E se Arthur tivesse me conhecido? Talvez ele também tivesse se apaixonado por mim - porque com certeza eu me apaixonaria por ele - talvez sua mulher e suas filhas estivessem vivas e saudáveis hoje... Porque Arthur não teria ido a nenhuma festa de noivado, não teria bebido e perdido o controle do carro... Não! Arthur não era o culpado, eu me recusava a pensar nisso.

Talvez se eu tivesse me mudado para cá antes eu teria me apaixonado loucamente por ele e ele não nutriria o mesmo sentimentos por mim... Eu teria que seduzi-lo!

A nossa vida estava cheia de “Talvez” e de “E se...”, nós não poderíamos mudar o passado, mas eu sabia que poderíamos construir nosso futuro juntos, e era isso que eu queria e desejava loucamente, estar sempre ao lado de Arthur.

Nós ainda nos beijávamos profundamente e eu não queria parar nunca, mas tinha uma coisa que eu queria mais do que apenas beija-lo.

– Faça amor comigo? – eu sussurrei em seu ouvido e tive o prazer de senti-lo estremecer em meus braços.
– Sempre. – ele disse voltando a me beijar e se levantando do chão comigo me colocando na cama.

Nossas roupas nesses momentos viravam pó, eu não sabia como éramos capazes de arrancar as roupas em uma velocidade tão grande, eu só sabia que o contato do peito nu de Arthur em meus seios enviava calafrios por todo o meu corpo e se concentrava em um único ponto, a parte que estava mais quente em meu corpo.

– Arthur com chocolate? – ele ergueu a cabeça de meus seios e me olhou com um sorriso divertido e malicioso ao mesmo tempo.

– Não. – eu disse ofegante. – Arthur com Lua. – eu disse e ele sorriu mais malicioso ainda.

Ele voltou sua atenção para os meus seios me mamando e abriu minhas pernas com o seu joelho se posicionando entre elas, e no momento que senti a cabecinha de seu pau em minha entrada ele levantou a cabeça olhando em meus olhos.

– Quero ver sua expressão enquanto te faço minha. – disse ele me penetrando lentamente, num ritmo alucinante de tão lento.

Eu queria que ele fosse mais rápido e ao mesmo tempo devagar, que ele fosse mais forte e ao mesmo tempo leve... Eu queria tudo que ele poderia me dar. Soltei um gemido vergonhoso quando ele estava todo dentro de mim.

– Te amo. – eu disse puxando seus cabelos como ele gostava, enquanto ele começava a se mover dentro de mim.
– E eu amo você. – disse ele apoiando uma mão em uma coxa minha a levantando pra que eu o abraçasse com ela, fiz o mesmo com a outra e gememos alto por que esse movimento fez com que ele entrasse o mais profundamente possível em mim.

Eu estava chegando à insanidade. Sempre que eu estava perto da explosão de cores, Arthur diminuía o ritmo. Ele fez isso umas duas vezes e na terceira ele parou completamente, se virando para ficar por baixo, fazendo que eu ficasse por cima dele me apoiando em seu peito.

– Eu não sei fazer assim Arthur. – eu disse corando de vergonha.

– É instintivo amor. – disse ele colocando as duas mãos em minha cintura. – Só faz o que você sente vontade.

Muito lentamente eu comecei a subir e descer em seu membro, com as mãos apoiadas em seu peitoral. E em um exato momento eu já não comandava minha mente, era só corpo e desejo agora, o mais puro e primitivo desejo carnal. Eu cavalgava num ritmo acelerado. E então eu tive uma idéia, como ele sempre fazia comigo eu quis testar com ele, para ver quais eram as suas reações. Eu subi fazendo com que seu membro só ficasse com a cabecinha em mim e desci com tudo. Ele urrou.
– Porra... – eu deveria ter ficado assustada com a escolha de palavras, mas ouvir aquilo da boca de Arthur naquele momento só me deixou mais quente.

Eu podia sentir que ele estava perto, muito perto. Eu estava quase lá também, mas ia demorar um pouco mais, acho que ele viu isso em meus olhos, por que suas mãos saíram de minha cintura. Uma foi fazer miséria com um de meus seios e a outra foi para o meu clitóris, esfregando-o com força em movimentos circulares.

– Arthur! – eu gritei quase perdendo o ritmo eu não conseguiria chegar ao fim, meu corpo já estava cansado, e eu apertava seu membro com muita força, quase fundindo-o dentro de mim, mas eu precisava chegar com ele e então ele voltou a posição inicial, ficando por cima de mim e se afundando em meu corpo o mais fundo possível. Logo a explosão de cores veio e eu me senti umedecer ainda mais, no exato momento que seu liquido quente jorrava dentro de mim.

– Isso foi... – Arthur começou a dizer e ficou sem palavras.

– Incrível. – eu respondi maravilhada com as sensações que eu sabia que só ele poderia causar em meu corpo.

Ficamos ofegantes por um tempo, um olhando pro outro. Arthur estava deitado ao meu lado, acariciando meu braço.

– Vamos fazer de novo. – eu disse chegando mais perto dele e beijando-o com vontade.

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