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sábado, 8 de dezembro de 2012

18º Capítulo de A Cabana

 


 
Foi Embora!!!!


A noite havia sido boa. Eu só havia levantado daquela cama para ir tomar banho com Arthur, o que ele tornou uma experiência extremamente erótica. Eu havia perdido as contas de quantas vezes eu havia estado nos braços de Arthur naquela noite, com ele me fazendo sua. Já era de manhã agora e eu não queria levantar, queria passar o dia na cama novamente, e eu sabia que aqui não precisaríamos fazer outra coisa a não ser nos amar.

– Acorda. – eu sussurrei em seu ouvido e um sorriso manhoso brotou em seu rosto. Comecei a massagear seu peitoral, descendo a mão por sua barriga, acariciando gominho por gominho de seu abdome definido e delicioso.

– Eu vou querer acordar assim todos os dias. – disse ele ainda de olhos fechados.

– Eu tenho uma maneira melhor de acordar você. – eu disse virando-o para que ele ficasse de barriga pra cima.

– Você não cansa não mulher. – ele resmungou divertido me olhando. – Porque eu canso sabe, o “queridinho” ai debaixo trabalhou muito duro essa noite.
– Muito duro. – eu pensei olhando pra baixo e ele deu uma gargalhada. OMG! Eu falei em voz alta? Eu precisava aprender a controlar meus pensamentos perversos... Dei de ombros, pois era pura verdade, Arthur estava mesmo duro. – E eu sou uma tirana por acaso? O “queridinho” aí gostou muito do trabalho dele essa noite.

– Demais. – ele rolou para ficar por cima de mim. – Só que eu acho que vou precisar trabalhar mais um pouco hoje sabe, fazer hora extra, ainda não trabalhei o suficiente. – ele falou.

– Hora extra é muito, muito bom. – eu o abracei com pernas e braços puxando-o para um beijo receptivo e cheio de segundas intenções.

No momento que senti a cabecinha de seu membro me penetrando ouvimos altas batidas na porta.

– Lua, sabemos que esta aí! – eu ouvi uma voz que fez meu coração parar.
– Lua! – disse Arthur assustado e inda em cima de mim com seu membro quase me penetrando.

– Arthur. – eu disse assustada.

– Por que Pedro Cassiano esta te chamando? – ele falou agora irritado. De onde ele conhecia Pedro Cassiano?

– É com ele que meus pais querem que eu case. – eu disse me afundando na cama.

– O que? – disse ele alarmado, saindo de cima de mim e puxando seus cabelos com força, quase os arrancando.

– Saia daí agora ou nós invadiremos. – disse uma outra voz, essa eu não reconheci.
– ARTHUR. – eu gritei.

– Solta ela! – eu ouvi o urro de fúria de meu Arthur.

– Você não vai tirar ela de mim também Aguiar. – disse Pedro e nesse exato momento Arthur partiu pra cima dele, mas os dois policias que estavam lá o seguraram.

– Me larga seu nojento, me solta... – eu gritava.

– Filhinha! – ouvi a voz de minha mãe, mas eu não queria saber dela, eu só ouvia os gritos furiosos de Arthur de dentro da cabana. – Acabou, vamos pra casa. – eu não sentia mais nada, eu queria Arthur, não queria ir para casa. E quanto mais a distancia entre mim e Arthur aumentava mais eu me sentia entorpecida, em algum momento eu perdi a consciência.






PDV Lua

Já se fazia três dias desde que me tiraram do meu mundo. Eu não saia de casa, eu não comia, eu apenas ficava fechada em meu quarto e não permitia a entrada de ninguém, nem mesmo a de meus amigos. Daqui mais ou menos uma semana eu morreria ao ser obrigada a dizer sim ao homem que me causava asco.

Eu estava aqui agora, deitada e olhando para o pé da minha cama, lembrando dos momentos maravilhosos com que eu passei ao lado de Arthur, meu Arthur. Ouvi uma batidinha tímida na porta, mas ignorei.

– Lua é a Mel. – disse ela. – Eu sei que você esta acordada e olha não precisa abrir a porta para mim, só me ouça ok? – ela esperou um consentimento que não veria. –Olha sua mãe me contou onde e com quem você estava... – ergui a cabeça dos travesseiros de repente muito interessada, ouvi ela dando uma risadinha. – Eu já até posso imaginar o que aconteceu ali naquela cabana, meu irmão é lindo não é? – ela disse e eu em um tiro abria a porta para ela.

– Porque você nunca me contou sobre ele? – eu disse para a sua expressão assustada com o meu rompante.
– Lua, nós tínhamos que respeitar a decisão dele. – disse ela entrando em me quarto e indo abrir as cortinas e janelas. – Nossa isso esta uma zona! – disse ela olhando para a bagunça que a minha cama estava para o meu pijama puído e para o cestinho de lixo, onde continha lencinhos de papel sujo e transbordado. – Quando meu irmão resolveu se fechar naquela cabana, apesar de sentirmos a dor dele e sofrer junto, nós respeitamos as decisões dele. – disse ela. – Mas minha mãe ficou seriamente doente pela ausência de Arthur. – era a primeira vez que eu ouvia o nome dele em três dias, eu me sentia arrepiar. – Papai tomou a decisão de retirar toda e qualquer lembrança dele daquela casa até o dia que ele decidisse voltar e como você percebeu ele ainda não voltou.

– Mel... – eu choraminguei. – Ele se culpa tanto pela morte da família dele! – eu me debrucei em seu colo. – Não é culpa dele! – eu falei olhando em seus olhos, e só agora percebi que neles tinha a lembrança de um castanho, aquilo me fez lembrar de Arthur.

– Mas não foi mesmo. – disse ela me olhando seriamente. – Nós o procuramos na cabana para lhe contar, mas ele não nos aceitou ali e nos mandou ir embora a patadas. – ela suspirou. – O acidente foi criminal. – ela sussurrou e eu coloquei as mãos em minha boca em choque. – Os cabos de freio haviam sido cortados, ele não teve um pingo de culpa.

– E porque vocês não insistiram? – perguntei furiosa. – Ele tinha, ele tem o direito de saber!

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