— Não, eu não estava tomando pílula. Mas isso não quer dizer...
— Por que não? Você tem o quê? Vinte e cinco, vinte e seis...?
— Vinte e seis — confirmou. — Mas eu não estou namorando. E eu não tomo anticoncepcionais para o caso de conhecer alguém e acabar na cama dele.
— Mas foi exatamente isso o que aconteceu!
Lua ficou pálida.
— Mas não foi algo planejado...
— Não foi? Acho que me lembro de você dando em cima de mim naquela noite...
— O que você quer dizer com isso? — ela perguntou. Arthur balançava a cabeça.
— Você não seria a primeira mulher a tentar esse tipo de golpe. O que você estava esperando, Lua? Que eu lhe pagaria...
— Como você se atreve?!
— Pare com isso. Fingir-se de virgem ofendida não combina com você!
Não. Ela não era virgem quando foi para a cama com Arthur. Mas tivera apenas um relacionamento antes dele.
Foi há cinco anos, com um amigo da faculdade, e desde então Lua jamais fora para a cama com outro homem.
— Por que você está colocando toda a culpa em mim? Você também não usou proteção alguma!
— Ninguém me disse que eu deveria usar!
— Porque eu não achei que engravidaria! — respondeu, levantando-se, impaciente. — E eu não estou grávida! Essa conversa não tem sentido. Não estou grávida. Eu apenas comi algo que não me caiu bem...
— Você não come nada desde ontem — relembrou Arthur.
Bem, era verdade. Mas isso não significava... Ela não podia estar grávida!
— Há um modo rápido e fácil de esclarecer as coisas — ele saiu do quarto de repente.
Lua o seguiu, perguntando-se o que Arthur pretendia fazer. Ele estava na cozinha, vestindo o paletó.
— Aonde você vai?
— À farmácia. Comprar um teste de gravidez. Não vejo por que deveríamos continuar discutindo sem antes saber se você está ou não grávida — acrescentou, carrancudo, pegando as chaves do carro.
— Eu não estarei aqui quando você voltar.
Já à porta, Arthur virou-se para ela.
— É melhor que você esteja — ele advertiu.
Continua.....
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