CAPÍTULO 07 Parte 1. - ANIVERSÁRIO A DOIS
Lua POV
Não estava disposta a sair da cama. Meu corpo ainda estava dolorido e caminhar pela ilha não me parecia uma boa idéia. Mas o fato de estar ao lado de Arthur o tempo todo me forçou a levantar da cama. Pelo tanto que Arthur fazia sexo comigo, não tardaria a engravidar. E eu não sabia exatamente quais eram seus planos. Será que me devolveria assim que constatasse realmente a gravidez? Ou talvez esperaria um tempo para que meu avô não pudesse pensar na hipótese de um aborto? Eu não ousava perguntar. Admirei o belo corpo de Arthur que caminhava a minha frente,sem deixar de recordar as maravilhas que ele fazia com meu corpo. O pensamento me desnorteou e acabei batendo com força nas costas de Arthur que havia parado.
- Não vai parar com essa mania de querer me derrubar?
Mas ele sorria e segurou minha mão, caminhando lado a lado comigo.
- Desculpe. Estava distraída.
Arthur parou em um lugar da ilha, de onde poderíamos ver toda sua exuberância. Olhei o mar que se estendia ao longe.
- Fico cada vez mais encantada com esse lugar. É lindo demais.
- Também acho... Adorava vir aqui quando queria ficar sozinho.
- Nunca trouxe nenhuma... Namorada aqui?
Ele desviou o olhar se fixando em mim.
- Você é a primeira mulher que vem aqui comigo, Lua.
Arthur se sentou me puxando junto com ele. A surpresa me fez cair sobre seu colo. Talvez fosse essa sua intenção, pois ele me apertou firme, não me deixando sair dos seus braços.
- O que pretende fazer da vida, Lua? Agora que saiu do colégio, convento... Sei lá o que era.
- Pretendia cursar faculdade. Cursar direito.
- Direito?
Ele girou meu corpo para olhar em meus olhos.
- Não combina com você.
- O que combina comigo então?
- Vou pensar sobre isso.
- Só pensa nisso? Estudar e mais nada?
- Antes eu pensava em me casar e ter filhos...
- Antes?
- Quem quererá ficar com uma mãe solteira, Arthur?
- A cabeça dos homens evoluiu muito nesse sentido, Lua.
- Mesmo assim, ninguém vai querer cuidar de um filho bastardo.
Arthur me apertou com força e percebi que estava furioso.
- Filho meu jamais será um bastardo, Lua.
Depois me abraçou, enterrando seu rosto em meus cabelos.
- Eu nem sei se consigo fazer isso com você, Lua.
- Fazer o que?
- Abandonar você... Grávida. Será que algum dia conseguirá não me odiar, Lua?
Segurei em seu rosto, forçando-o a olhar pra mim.
- Eu não odeio você, Arthur. E duvido muito que algum dia venha a odiar. Deslizei meus dedos em seu rosto perfeito, meus olhos se prendendo a boca sensual. Arthur me apertou ainda mais, juntando nossos lábios. Apesar de estarmos mais colados do que nunca e de nossas línguas se enroscarem num balé erótico, não havia nenhum furor sexual ali. Só havia a vontade de estarmos... Juntos. Quando parou o beijo, deitou minha cabeça em seu ombro, brincando com meu cabelo. Se todo sequestrador fosse tão lindo, carinhoso e gostoso como Arthur as mulheres estavam feitas. Esse pensamento idiota me fez rir.
- Do que está rindo?
- Nada. Pensamentos bobos.
- Ninguém nunca pensou em passar uma lua de mel aqui, Arthur?
- Meus pais fazem isso para comemorar aniversários de casamento.
- Deve ser perfeito.
- Não sei dizer. Nunca pensei em me casar.
- Nunca?
- Foram tão poucas vezes e esse pensamento foi tão rápido que nem conta.
Arthur ergueu meu corpo e se pôs de pé também.
- Quer voltar? Ou quer caminhar mais um pouco?
- Se voltarmos pra casa, promete que fica o tempo todo comigo?
Ele riu.
- Prometo.
- Então quero voltar. Estou um pouco cansada.
Creditos: Elly Martins - web do blog nada pode nos para
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