Lua estava deitada ainda chorando baixinho, mas bem mais calma do que estava antes. Ele se aproximou e se sentou na cadeira ao lado da cama. Ela limpou as lágrimas e esboçou um sorriso triste.
- Carla deve estar muito chateada. – ela murmurou.
- Ela ainda não sabe. E a culpa não foi sua... Como está se sentindo?
- Bem. Um pouco grogue na verdade, por causa dos remédios... Estou com sono. – ela disse sentindo as pálpebras pesarem.
- Então dorme, meu anjo. – ele sussurrou ao vê-la fechar os olhos.
-Como ela está? – Carla chegou desesperada no hospital. Arthur a acalmou dizendo que Lua estava bem. Lua continuava dormindo sob o efeito dos remédios.
- Tem um carinho muito especial por ela. – Carla afirmou o fuzilando com os olhos.
- O que quer dizer?
- Quero dizer que é melhor que você fique bem longe dela, Arthur. Não vou permitir que você faça isso debaixo do meu nariz!
- Se você não se lembra foi você que causou toda essa confusão, Carla! – ele se levantou e saiu andando para a porta principal.
Carla entrou no quarto de Lua e a observou dormindo, estava aliviada por seu bebê estar bem. Dentro de seis meses teria sua família completa. A mente de Carla estava apenas em seu futuro filho, em sua futura família, pouco se importava com a vida de Lua, ela era apenas um utensílio.
- Carla. – Lua sussurrou ao abrir os olhos.
- Queria mesmo falar com você, Lua. Quero fique longe do meu marido, entendeu? Estamos te pagando para carregar o nosso filho, apenas isso. Espero que tenha entendido o recado. – A loira saiu bufando do quarto. Lua respirou fundo. Onde havia se metido?
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