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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Barriga de Aluguel capítulo 16







-OOOOW! – Lua exclamou quando se preparava para dormir, segurando o telefone entre o rosto e o ombro – Vai com calma aí neném. – levantou o lençol que cobria a cama e se enfiou embaixo dele.  
  
-O que houve, Lua?– Sophia perguntou ao escutá-la.  
  
- Está chutando. Você insiste que é uma menina, mas acho que é um menino e vai ser um grande jogador de futebol pelo jeito. Ai. – Sophia riu do outro lado da linha.  
-Que frescura de não querer saber o sexo, Lua!– Lua suspirou passando as mãos em seu ventre, que com quase seis meses quase já a impedia de ver os próprios pés.  
- Não quero Soph, não ter nenhum contato maior do que eu já tenho se é que você me entende... Não me apegar. Sabe, acho que ele vai puxar ao Thu e não a mim.  
-Por que diz isso?  
- Minha barriga está enorme, está na cara que não vai herdar a minha baixa estatura.  
- Ai, Lu. Só você mesmo, vou desligar para você dormir.  
  
Lua se despediu de Sophia e desligou o telefone. Varias vezes se pegava falando sozinha, cantando para o bebê, seria possível ficar ainda mais envolvida com ele do que já estava? Como se não bastasse ter que ficar isolada dentro de casa. Agora que Arthur tinha que se manter longe, ela passava o dia todo sozinha quando Melanie não estava. Finalmente os seis meses de repouso absoluto estavam acabando.

Lua sentiu os olhos arderem ao abri-los. O sol jorrava para dentro do quarto iluminando todo o cômodo. Ela se levantou e tomou um banho. Tudo era feito com muita cautela, descer as escadas era apenas para extrema urgência. Mas os seis meses estavam completos. O dia estava absurdamente quente, e ela se aproveitou para desfilar com seu novo corpo. Vestiu um top branco e um short. Prendeu os cabelos em um coque mal feito e desceu as escadas cuidadosamente.  
Como sempre, não deveria haver ninguém dentro de casa. Ligou a TV em um canal de clipes, deixando o volume extremamente alto e começou a dançar pelo meio da sala. Não sabia mais o que era sentir-se livre... Três meses trancada dentro do quarto não fora fácil. Tentava acompanhar o ritmo em que as mulheres da TV dançavam, porém com dificuldade por causa da barriga.  
  
Arthur apareceu na escada apenas com uma bermuda que havia dormido e ficou a observando dançar no meio da sala.  
- Uau, nem parece que acabou de escapar de um aborto. – ela se assustou ao ouvir sua voz.  
- AH! Desculpe, eu não sabia que você estava em casa. – disse com um sorriso tímido. Ele desceu as escadas enquanto ela pegava o controle para abaixar o volume.  
- Não temos nos visto muito ultimamente , não é? – A cada passo que ele dava para frente, Lua dava um para trás.  
- É, e ela não vai gostar se o vir aqui embaixo.  
- Ela não está em casa. – ele falou aproximando-se mais ainda dela. Lua estava encurralada entre a parede... E ele.

Continua.....

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