domingo, 2 de dezembro de 2012
Jogos do amor capitulo 22
- De onde você conhece Steve Dulaney? - perguntou Arthur, de longe.
- O quê?
- Steve Dulaney. Ele disse que espera que você e Pérola estejam livres na quinta à noite.
- Você leu o recado!? - exclamei.
Pelo canto dos olhos pude ver duas inocentes crianças da primeira série passando tubos de catchup para o pessoal da terceira. série, que já tinha mais do que o suficiente em sua mesa. Anna e eu pegamos um tubo cada uma e os colocamos de volta onde estavam.
- Eu atendi o telefone - explicou Arthur. - Steve vai dar uma festa. Quinta à noite. Ele disse para vocês irem depois das oito e meia. Vai ter um monte de gente lá.
- Estou surpresa que você não tenha se convidado.
- Não preciso - ele replicou calmamente. - Ele já me convidou na semana passada.
-Ah!
- Somos vizinhos.
-Ah!
Depois disso, Arthur pôs a mão no ombro de um aluno da segunda série que estava ameaçando os coleguinhas da mesa com uma faca de plástico.
- Franklin, se machucar os seus olhos com essa faca – avisou Arthur - como você vai continuar fazendo aqueles desenhos incríveis?
- E então virou-se para mim: - Quem é Pérola?
- Pérola?
"Bem, bem", pensei. Mais um para a lista: Tim, Steve e Arthur, e Arthur era um músico, um verdadeiro artista. Ele poderia ser o par perfeito. O único problema é que eu não queria ver Pérola em lugar algum perto do ginásio onde Luke treinava. Mas, pensando bem, ela provavelmente ficaria o dia inteiro em um estúdio de dança do outro lado da cidade. Talvez ela e Arthur só se encontrassem à noite.
- Eu vou apresentar você a ela na festa - respondi.- Tenho certeza de que vocês vão se dar bem. Ela é linda.
Ele soltou uma gargalhada e repentinamente ficou estático.
- Eugene!
O número setenta estava armado com um elástico, atirando palitos de cenoura mergulhados em catchup. Ele já havia acertado diversas cabeças, quando a mesa da segunda série resolveu organizar um contra-ataque. Eles não tinham muita coisa nas bandejas, apenas uns potinhos com molho de salada que começaram a voar na direção de um menino com boné. Eu corri ao redor da mesa da terceira série recolhendo os palitos de cenoura de Eugene, certa de que os outros não teriam coragem de arremessar nada.
Errada. Totalmente errada. Splat! Splat! Molho de salada começou a escorrer pela minha testa e pelo meu braço.
- Você! Moleque! - gritou Eugene, que nunca perdia uma oportunidade. - Você acertou a tia! - Ele segurava um catchup, ávido para se vingar em meu nome, mas Arthur estava logo atrás dele, pronto para arrancar o tubo de sua mão.
Continua.....
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