— Aqui — disse Arthur, colocando uma toalha úmida sobre a testa de Lua. Aquilo era tão humilhante!
Mas não tanto quanto aquela manhã, há seis semanas, quando ele quase a expulsou.
Agachada e segurando a toalha sobre a testa, o enjôo parecia ter passado. Agora, por que Lua estava se sentindo enjoada sem ter comido nada, a não ser pela barra de chocolate que Arthur lhe dera, ela não sabia!
— Esta se sentindo melhor? — ele perguntou.
— Um pouco... Obrigada. — ela não conseguiu olhar para Arthur.
E só lhe causara problemas naquela manhã. Estava certa de que ele estava louco para se livrar dela.
— Vou só lavar meu rosto e então vou embora.
Lua provavelmente comeria feliz aquela omelete agora que se livrara do que quer que estivesse lhe causando aquele enjôo. Mas, diante das circunstâncias, era melhor não ficar.
— Acho que não, Lua.
Ela levantou o olhar e o encontrou encarando-a, frio e com as mãos na cintura.
— Como assim? — perguntou Lua, intrigada.
— Acho que você não vai sair daqui tão cedo.
Ela arregalou os olhos.
— Mas estou lhe dizendo que me sinto melhor.
— Sim, eu sei disso — ele respondeu, ríspido. — É curioso, mas mulheres na sua condição realmente se sentem melhor depois que vomitam — acrescentou.
Lua franziu a testa.
— Minha condição?
Arthur respirou fundo, observando-a como se quisesse estrangulá-la.
— Lua, a não ser que eu esteja muito enganado, e Deus sabe que eu quero estar! — ele murmurou, mal-humorado. — A verdade é que você desmaiou há pouco sem motivo...
— Eu vi um retrato da mãe que jamais conheci! — defendeu-se, incrédula.
— O fato de você ter desmaiado, e mais a sua tontura matinal e o enjôo, tudo me faz chegar a uma única conclusão.
— Faz...?
Um tremor percorreu-lhe todo o corpo e se deteve no estômago.
— Você está grávida, Lua — disse Arthur, de repente — Na sexta semana de gestação, eu diria! — acrescentou, mal conseguindo conter a fúria.
Grávida!
Mas não podia ser!
Podia...?
Continua.....
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